Guia da Semana

Foto: Thiago de Oliveira


Pela primeira vez no Brasil, a banda americana Rise Against fez apresentações bem quentes por aqui. Para quem não conhece, o Rise é uma banda de punk rock com hardcore contemporâneo de grandes nomes do gênero, como Bad Religion, Pennywise, NoFx e muitos outros.

Com certeza, essa era uma das bandas mais aguardadas entre os jovens - e também por uma boa parte da galera mais velha e fiel ao bom e velho estilo "hardecoreano" de ser. O Rise Against estourou de vez para o mundo quando, em 2004, lançaram o terceiro álbum Siren Song of the Counter Culture, pela gigante gravadora Geffen Records.

Em São Paulo, o evento contou com a abertura da banda paulistana Old School Straight Edge, da Good Intentions e a banda basca Berri Txarrak. Os horários cumpridos à regra fizeram boa parte do público apenas ver a Berri Txarrak na abertura do show. Mostrando um som com alguma caída para o estilo do Hot Water Music, eles conseguiram arrancar aplausos e a atenção do público. Quando o vocalista do Rise, Tim McIlrath, fez a participação na última música do set list dos caras, a galera foi à loucura.

No último intervalo antes de iniciar a apresentação dos americanos do Rise, as últimas pessoas que ainda estavam do lado de fora na fila entraram e completaram a lotação da casa (inclusive nos mezaninos), o que já era o indício de que, durante o show, seria ainda mais quente. Aliás, mais de um mês antes da apresentação, os ingressos já estavam esgotados.

Eis que sobe o telão... e a galera urra quando, um a um, os Rises entram no palco. O vocalista Tim é bem carismático: assim que entrou, foi direto para as grades de separação da galera, inflamando a gritar em uníssono "RISE, RISE, RISE".

O show começou com Chamber the Cartridge, State of Union, The Good Left Undone e Heaven Knows, cantados por todas as mais de duas mil pessoas presentes. No decorrer da apresentação, a música mais pedida pela galera foi Paper Wings - a cada intervalo entre os sons, a galera puxava o coro. Para a decepção da rapeize, não tocaram. Os caras mandaram uma música nova, Architects que estará no novo disco, Wings.

A banda se retira do palco para uma breve pausa. No retorno, um rápido set acústico. O vocalista Tim volta sozinho e toca a musica Swing Life Away e Hero, quando a banda inteira retornou. Esse foi aquele momento de acender os isqueiros, sabe?

A banda encerrou o show com as músicas Alive and Well, do primeiro álbum The Unraveling. Seguida de Give it All cantada por todos. Aliás, este é um dos maiores hits da banda e Ready to Fall. Foi um show curto para uma banda que nunca tinha vindo ao Brasil - durou apenas uma hora e dez minutos -, poderiam ter caprichado e estendido um pouco mais o set list. Mas é uma boa banda, com uma boa postura. Para quem é fã ou gosta do som deles, deve ter sido um prato cheio e uma consolidação do Rise Against com um dos maiores nomes do punk rock e hardcore mundial!

Leia as colunas anteriores de Thiago de Oliveira:

Dead Fish 20 anos - e beneficente

Ozzy Osbourne de volta ao Brasil

Sublime de volta ao Brasil

Quem é o colunista: Thiago de Oliveira, Thiagones.

O que faz: Tecnólogo em informática/desenvolvimento de sistemas, e músico quando me é permitido.

Pecado Gastronômico: Massa, molho e queijo!


Melhor lugar do mundo: O Meu Quarto.

O que está ouvindo no carro, iPod, mp3: Matisyahu Novo (disco Light), Snowing, Farside, I Shot Cyrus e algumas barulheiras.

Fale com ele: [email protected]



Atualizado em 6 Set 2011.