Guia da Semana



Depois de uma grandiosa campanha de restauro e modernização, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro reabre suas portas, em 27 de maio. Apêndice cultural da trajetória das artes cênicas no país, o espaço retoma as atividades após um ano e seis meses desde o início de sua recuperação.

Alvo de muitas polêmicas e opiniões distintas entre historiadores, especialistas e toda a opinião pública, a reabertura oficial do Theatro Municipal é aguardada desde 14 de julho do ano passado, data então agendada pelos órgãos responsáveis, que celebraria o aniversário de 100 anos do local. Desde o início das obras, milhões de reais foram investidos e garantiram um novo perfil ao prédio, que passou por reformas em sua fachada principal, telhado, sala de espetáculos, banheiros, balcão nobre, foyer, acessos especiais, Restaurante Assyrio, ar condicionado, maquinário, camarins, segurança, sistema elétrico e iluminação.

A história do Theatro Municipal do Rio de Janeiro começa a ser contada em 1894, quando surge das mãos do autor Arthur Azevedo a primeira campanha pela construção de um novo teatro na cidade, que ainda não abrigava uma sala de espetáculos correspondente às aspirações teatrais daquele momento. No entanto, o projeto inicial resultou apenas em expectativas frustradas e a construção do novo espaço se dera apenas em 1909, após a prefeitura do Rio de Janeiro promover um concurso para a construção do novo teatro. Entre os concorrentes, o projeto de Francisco de Oliveira Passos e do francês Albert Guilbert conquistou a preferência dos organizadores, ao apresentar uma proposta baseada nos moldes da Ópera de Paris.

O período de construção levou quatro anos para ser concluído e, durante sua estruturação, contou com o apoio dos mais renomados artistas da época, como os pintores e escultores Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli; além da participação de artistas europeus no trabalho de criação dos vitrais e mosaicos do prédio. No dia 14 de julho de 1909, o Theatro Municipal foi inaugurado pelo presidente Nilo Peçanha.

Em seus primeiros anos de atividade, o espaço abrigava apenas espetáculos de companhias e orquestras estrangeiras, onde muitos grupos da Itália e França se apresentavam. Porém, esta realidade foi mudada a partir da década de 30, com o surgimento do coro, balé e orquestra do Theatro. Em pouco mais de um século de apresentações, o palco do Municipal já recebeu Arturo Toscanini, Sarah Bernhardt, Bidu Sayão, Eliane Coelho, Heitor Villa-Lobos, Igor Stravinsky, Paul Hindemith, Alexander Brailowsky entre muitas outras. Atualmente, o espaço cede suas dependências à Orquestra Sinfônica Brasileira e à Orquestra Petrobrás Sinfônica.


Programação - Maio e junho

Il Trovatore, de Giuseppe Verdi
Dias 29 e 31 de maio - 20h

Dia 1, 3, 4 e 5 de junho - 20h

Orquestra Sinfônica e Coro do Theatro Municipal

Solistas convidados

Regência: Silvio Viegas

Il Guarany, de Carlos Gomes

Dia 26 de junho - 20h

Dia 27 de junho - 17h
Orquestra Sinfônica e Coro do Theatro Municipal

Solistas Convidados

Regência: Luiz Fernando Malheiro


Atualizado em 6 Set 2011.