Guia da Semana

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A morte ganha vida, corpo, voz, coreografia e até humor com o espetáculo Adubo ou a Sutil Arte de Escoar Pelo Ralo. Depois de percorrer outras capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, a montagem volta para Brasília, participando do Festival Palco Giratório, do SESC. Trata-se de uma criação coletiva de atores brasilienses, que propõe a reflexão sobre o ato de morrer, através do pensamento de filósofos, gurus, poetas, escritores e dramaturgos.

Por três meses, os atores leram textos de literatura, medicina e religião sobre a morte. Entre os autores estudados estão Epicuro, Sêneca, Edgard Allan Poe, Machado de Assis, Antonin Artaud, Nelson Rodrigues, Nietzsche, Baudelaire e até do Livro Tibetano dos Mortos. Eles viajaram juntos, foram a velórios, freqüentaram cemitério no Dia de Finados e experimentaram os mais variados recursos que pudessem servir de referência para a composição das cenas. O cenário é constituído por um quadro negro de 7 metros, onde elementos simbólicos de cada cena são desenhados com giz.

Quando a peça está em temporada, são utilizados 150 maços de cigarro no cenário, pois o cigarro é um dos símbolos mais fortes ligados à morte na atualidade. Os quatro atores fumam em parte do espetáculo, o que gerou as mais variadas reações do público. "Teve um rapaz que nos deu o maço de cigarro dele ao final de uma sessão, dizendo que havia resolvido parar de fumar. Como já teve gente querendo acender um cigarro durante a peça, o que não é permitido", diz o ator André Araújo.

Ficha Técnica:
Direção: Hugo Rodas.
Texto e elenco: André Araújo, Juliano Cazarré, Pedro Martins e Rosanna Viegas.
Iluminação: Caetano Maia.
Foto: Rayssa Coe
Duração: 70 minutos
Classificação: 14 anos

Foto: Rayssa Coe/ divulgação

Adubo ou a Sutil Arte de Escoar Pelo Ralo

Data Sáb 01 Jan 2000
15 de julho.

Preço(s) 1 kg de alimento não-perecível.

Horário(s) terça, 20h.

Endereço
W/4 Sul, 713/913,, 00000-000

Telefone (61) 3445-4415