Guia da Semana

Que tal fazer uma viagem de volta no tempo e ver filmes como em outras épocas? Antigamente mesmo! Lá quando surgiu o cinema, em que as películas não eram sonorizadas e o som vinha da orquestra, que tocava enquanto a história era exibida. Esses tempos estão de volta no Museu da Imagem e do Som (MIS), no Cinematographo, sessão de cinema que acontece uma vez por mês, sempre aos domingos.

Até o nome da sessão é uma volta no tempo e uma homenagem aos “pais” do cinema. Cinematógrafo era o nome da máquina criada pelos irmãos Edison, Auguste e Louis Lumière, e é considerada a precursora do cinema moderno. O primeiro filme exibido por eles tinha 50 segundos de duração e mostrava um trem chegando a uma estação – a plateia teria saído correndo da sala, com medo de que o trem, de fato, estivesse saltando da tela.

Já no Cinematographo do MIS, a história é outra: a ideia é trazer obras que dificilmente seriam exibidas nas grande redes para o conhecimento do público. “Os filmes são pouco exibidos: é a oportunidade de conhecer ou rever obras diferentes. E a música ao vivo é um adicional que torna a sessão especial”, conta André Sturm, diretor executivo do MIS.

A sessão funciona assim: há um palco em que cabe grupos musicais e até um piano e enquanto a película é exibida, como os filmes são mudos, os músicos fazem a sonoridade, o que dá um toque especial à trama e ao momento. “Vamos selecionar filmes que continuam sendo interessantes e que permitem o casamento com a música”, explica. Dois clássicos já apresentados foram Big Business, com o Gordo e o Magro, de 1929, e A Dog’s Life – Vida de Cachorro, de Charlie Chaplin, gravado em 1918. Cá entre nós, esta é uma oportunidade assiiim... uma Brastemp de ver como o cinema começou e como ele é sempre surpreendente.

Cinematographo