Guia da Semana

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Foram selecionaos doze documentários nacionas para a competição

Os fãs do cinema realidade já podem preparar o saquinho de pipoca e o refrigerante, pois está chegando a 14º edição do Festival de Documentários É Tudo Verdade. Criado em 1996, pelo crítico de cinema Amir Labaki, o evento agora reúne doze documentários brasileiros inéditos, entre longas, médias e curtas, além de uma seleção de títulos internacionais inéditos, oferecendo mais uma vez cinema de qualidade a custo zero para o público - mesmo com a crise mundial e o orçamento reduzido do festival, as sessões continuam sendo gratuitas.

Novo formato

Após o sucesso dos anos anteriores, a novidade fica por conta de sua realização em duas partes. Diferente de suas outras 13 edições, nas quais as exibições ocorriam em dez dias corridos, entre Rio de Janeiro e São Paulo, o festival agora será complementado por uma programação extra, no segundo semestre, com o objetivo de aumentar a visibilidade dos documentários aspirantes ao prêmio.

O evento acontece entre os dias 25 de março e 5 de abril (Rio e São Paulo) e segue para Brasília de 13 a 26 de abril, reunindo cerca de 55 títulos. Já a segunda parte trará um número menor de filmes, reapresentando os favoritos do público e preciosidades que ficaram de fora. "Dividimos a programação para dar mais visibilidade aos títulos inscritos. Mas a ideia também é aumentar a presença dos documentários no calendário anual", explica Labaki.

Destaques

Entre os 115 títulos nacionais inscritos, serão exibidos doze documentários, entre os quais estão os sete inéditos selecionados para a competição de médias/longas, concorrendo ao prêmio principal de R$ 100 mil. Além deles, nove curtas representam a produção local, disputando a atenção do público entre participantes de mais de 15 países.

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A maioria das produções exibidas abordam problemas sociais

As apostas brazucas concentram-se em Moscou, do diretor Eduardo Coutinho, que mostra os bastidores da peça Três irmãs, de Tchecov, pelo Grupo Galpão; Garapa, um documentário sobre a fome, dirigido por José Padilha; e Corumbiara, que retrata o massacre de uma tribo indígena no sul de Rondônia, dirigido por Vicent Castelli. Segundo Amir, o Brasil está muito bem representado no festival. "A seleção deste ano reafirma que a produção documental está hoje na vanguarda do curta-metragem. Isso pode ser notado no número de inéditos que, vem mostrando um incrível aumento".

Os destaques estrangeiros vão para Perturbados, vencedor do festival de Dubai, mostra o cotidiano de uma clínica japonesa que trata de doentes mentais; René que narra a vida de um criminoso, eleito o melhor longa documental em Leipzig; e Esquecido papai, que mostra a história de Richard Minnich, pai de um dos diretores do filme, que perdeu a memória em um acidente de carro, vencedor do prêmio especial do Juri no IDFA de 2008.

Além dos filmes, diversos convidados internacionais ilustres já confirmaram presença no É Tudo Verdade. Entre eles, está o cineasta e militante israelense Avi Mograbi, que participará da mesa de encerramento do festival, quando exibirá "Z32", sua produção mais recente, que conta a história de um soldado judeu que cometeu um crime de guerra.

Confira a programação completa do É Tudo Verdade 2009

Atualizado em 6 Set 2011.