Guia da Semana

Sete diretores e dois atores franceses aterrissaram em São Paulo nesta quarta-feira para divulgar seus filmes, em cartaz no Festival Varilux de Cinema Francês. Eles participaram de bate-papos com o público em sessões especiais ao longo do dia e estarão no Rio de Janeiro nos dias 3 e 4 de maio. Os filmes exibidos no Festival entrarão em cartaz no segundo semestre do ano ou poderão não chegar aos circuitos comerciais, por isso, é uma oportunidade para conferir o que há de mais novo na produção francesa. 40 cidades recebem o evento.

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“É uma pena que a opinião dos americanos seja a única que conta na hora de avaliar um filme”, alfinetou a diretora, atriz e cantora Agnès Jaoui, durante o evento que marcou a chegada da delegação artística no Brasil. Ela se referia às premiações do Oscar e à recente consagração de duas co-produções francesas na festa americana: O Artista, vencedor de cinco estatuetas em 2012, e Amour, eleito Melhor Filme Estrangeiro em 2013. “É um incentivo, é claro, mas há muito mais a ser visto, muitas obras tão boas quanto aquelas que o mundo não conhece”, completou a diretora de Além do Arco-Íris num português quase fluente – ela é mãe de duas crianças adotadas no Brasil.

Agnes Jaoui

Junto com ela, vieram os diretores Jean Paul Lillienfeld (Prenda-me), Michel Leclerc (Anos Incríveis), Danièle Thompson (Aconteceu em Saint-Tropez), Jean-Pierre Améris (O Homem Que Ri), Phillipe Le Guay (Pedalando Com Molière) e Benoît Jacquot (Adeus, Minha Rainha), que também ganha uma mostra individual no Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro, a partir do dia 3 de maio. Dois atores da “nova geração” francesa também estão por aqui: Arthur Dupont (Além do Arco-Íris e Os Sabores do Palácio) e Christa Theret (O Homem Que Ri e Renoir). Léa Seydoux (Adeus, Minha Rainha), um dos destaques anunciados para o Festival, ficou em Paris para acompanhar o Festival de Cannes, onde exibe os filmes La Vie D’Adèle e Grand Central.

Quando perguntada sobre a popularização do cinema francês, antes considerado acadêmico e inacessível, Danielle Thompson lembrou que a visão americana ainda se prende aos modelos da Nouvelle Vague que revolucionaram o cinema nos anos 60. “Depois dela, vieram muitas outras ondas... O cinema francês está em constante evolução, ao contrário de outros países.” Segundo os diretores, o incentivo do governo francês tem sido essencial nesse processo.

O Festival Varilux de Cinema Francês fica em cartaz até o dia 16 de maio. Confira a programação aqui.

Por Juliana Varella

Atualizado em 2 Mai 2013.