Guia da Semana

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A partir do dia 4 de fevereiro - e até dia 27 de março - o Centro Cultural Correios de São Paulo recebe a exposição Vértice, que reúne pinturas, esculturas, desenhos, fotografias, vídeos e instalações, num total de mais de 200 obras selecionadas entre as mais de 1.500 obras de arte contemporânea da coleção Sérgio Carvalho.

“Para cada obra, há uma história”. Essa máxima de Sérgio Carvalho, cuja coleção de arte contemporânea protagoniza o espírito da mostra: a apresentação de trabalhos de artistas brasileiros contemporâneos, selecionados por três curadoras de diferentes lugares e gerações, com o objetivo de trazer ao público um panorama da arte contemporânea brasileira, com base no intercâmbio de distintos olhares.

Ao apresentar ao espectador, simultaneamente, três visões curatoriais, Vértice propõe uma discussão sobre as inúmeras possibilidades de um acervo e da produção de um conjunto de artistas. A partir de visitas coletivas e da troca de informações com o colecionador, as curadoras começaram a delinear uma forma de “classificar” as obras no âmbito da exposição, que será apresentada em três “módulos”, sempre sujeitos à contaminação e deslocamentos: “Relatos, Construções e Assombros.

“Relatos”, com curadoria de Marília Panitz

Reúne obras que têm a ver com os deslocamentos para ver e "descrever" o mundo. Apresenta-se por meio de um viés político, antropológico e de desafio à abrangência das linguagens da arte, onde elas muitas vezes "invadem" outros campos de conhecimento. São trabalhos que apostam na produção em torno das relações espaço-tempo do homem na História, seus documentos (de cultura e barbárie) e na sua própria memória.

“Construções”, com curadoria de Polyanna Morgana

Lança um olhar para as obras que se pautam pela herança histórica do artista russo construtivista Vladimir Tatlin (1914), que, em uma série de esculturas espaciais, elaborou uma reflexão sobre a obra de arte, indicando que esta era “construída”, não esculpida ou fundida, como ocorria nos modelos tradicionais de escultura. Participam fotografias, pinturas, esculturas, vídeos e instalações, onde é possível reconhecer uma tendência da arte – reflexiva e, por vezes, autocrítica – que se debruça sobre as condições de se arquitetar uma obra no mundo, enfatizando, neste processo, diversos aspectos físicos, formais, conceituais, históricos e institucionais.

“Assombros”, com curadoria de Marisa Mokarzel

Constitui um espaço de segredos, veladuras que se espalham pelo lúdico e cruel das coisas, percorrendo lugares oníricos, de pesadelos, violências e delicadezas. Neste lugar instável a ficção e a realidade se atravessam. A palavra assombro aproxima-se tanto da condição de espanto como da de admiração, assim como mistérios, enigmas e estranhezas. Plural, o substantivo se expande e propaga diferentes ideias e sentimentos e essa multiplicidade dilata o conteúdo semântico que, associado à arte, permite o trânsito estético e conceitual das obras reunidas nesse eixo.

Vértice

Data 04 Fev 2016-27 Mar 2016
De 4 de fevereiro a 27 de março de 2016

Preço(s) Grátis

Horário(s) De terça a domingo, das 11h às 17h

Exposição: Instalação

Endereço
Avenida São João, s/n, 01035-000

Telefone (11) 3227-9461

Por Nathália Tourais