Guia da Semana

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Já ouviu a frase "não se faz a omelete sem quebrar ovos?" Pois assim é a adolescência dos humanos, sobre a qual temos uma notícia boa e uma ruim: a boa é que essa fase passa. A ruim é que deixa saudades.

O problema é que, quando chegamos nessa idade, parece que tudo está dando errado. Ninguém nos entende, nosso corpo e nossa voz transformam-se estranhamente, nossos gostos e anseios mudam - loucura total.

E, por isso mesmo, é exatamente nessa fase que devemos acessar mais os pais (que mico!), ou, eventualmente, pessoas mais velhas que sejam de confiança - melhor ainda, as que nos amam incondicionalmente.

Isso mesmo. Sendo realistas, precisamos, ao menos, ter a humildade de reconhecer que pessoas mais experientes já passaram por tantas coisas e já foram adolescentes também, com as mesmas angústias e dificuldades que nós. Ou você acha que não passaram por tudo isso?

Dúvidas sobre sexo, amor, festas, doenças, drogas, cigarros, bebidas e tantas outras coisas envolvem informações que devem ser muito bem checadas, pois trazem seus riscos e devem ser tratadas com seriedade.

Estamos em uma fase de descobertas e autoafirmação, e ela nos leva a um comportamento de experimentar, testar, arriscar, desafiar. Isso é natural e faz parte da aprendizagem. Porém, tudo deve ser feito com o maior conhecimento e o menor risco possível.

Haverá amigos que lhe oferecerão drogas, com aquele papo de que são inofensivas, não vão gerar problemas; são só uma curtição de momento. Será que este amigo sabe mesmo do que está falando? Será que ele é tão experiente e perito em Química, para saber os reais malefícios e reações?

Estamos descobrindo também a vida sexual. Usar camisinha ou não? Transar com camisinha é o mesmo que chupar uma bala com papel? Quais são os melhores meios de proteção?

Lembre se já viu este filme: "Ah... depois eu penso nisso" ou "Xi... vou ter um filho!" "Qualquer coisa abortamos!". "Mas, o que é um aborto mesmo? Quais os perigos?"

Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas. Todos os adultos passaram por isso. Compreendo que muitos jovens não têm a liberdade para esse tipo de diálogo; seja por timidez, seja porque os pais não lhes dão abertura.

Porém, fica uma dica: estando assim, procure alguém mais preparado, um profissional para sanar todas suas dúvidas. Pediatras, psicólogos, ginecologistas, ou mesmo professores. Isso já seria um bom começo. Lembre-se de que você está treinando para a vida adulta e, quanto mais acertos e menos desgastes, raivas, medos e riscos, melhor.

O caminho da felicidade é menos espinhoso e certeiro quando perseguimos o equilíbrio e agimos com conhecimento. Não se arrisque. Lembre-se de que o seu futuro depende muito do que você fizer agora.

Leia as colunas anteriores de Alessandro Vianna:

Aprovação na escola

O desafio do vestibular

Os perigos por trás do computador

Quem é o colunista: Alessandro Vianna.

O que faz: Psicólogo clínico.

Pecado gastronômico: O bom e velho bife à parmegiana.

Melhor lugar do mundo: Um lugar em que se unam praia, sol e uma boa companhia.

O que está ouvindo no carro, iPod, mp3: No carro encontram-se desde um bom sertanejo até um rock mais pesado.

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Atualizado em 11 Fev 2014.