Guia da Semana



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* Por Solange de Oliveira Saavedra, nuricionista e gerente técnica do Conselho Regional de Nutricionistas/ CRN-3.

A alimentação infantil é sempre uma preocupação para pais e responsáveis. No início da vida, a natureza dá uma boa mãozinha, fornecendo um alimento completo e suficiente para os primeiros seis meses da criança. Mas depois é que a situação se complica, quando a família introduz novos alimentos. É o começo de uma educação alimentar correta ou incorreta. E, nessa fase, as escolhas são de total responsabilidade dos adultos. Por isso, a oferta de alimentos saudáveis deve ser gradativa e feita com paciência, sem forçar a ingesta.

Nesse universo, a criança começa a descobrir novos cheiros, cores e sabores dos diversos alimentos. E, em algum momento, será despertada pelo "mundo encantado" do fast-food. Ela, com certeza, vai querer experimentar refrigerante, hambúrguer, batata frita. E, nessa hora, surge a dúvida na cabeça dos pais: o que fazer?

Bem, proibir não vai adiantar porque, mesmo que eles não queiram levá-la aos locais, a criança vai insistir até vencer pelo cansaço. Mas, por outro lado, o fast-food não pode se tornar um hábito frequente. E, então, o melhor é chegar a um equilíbrio, como levar a criança para comer em fast-food talvez a cada quinze dias. E, quem sabe, essa frequência já vai contentá-la!

Mas para que a criança adote os alimentos saudáveis e aprenda o valor destes para a sua saúde, o melhor é fazer a lição em casa. Por exemplo, na luta dos refrigerantes contra os sucos naturais, comece a preparar sucos variados e naturais no lar. Peça a ajuda da criança no preparo, assim ela interage em todo o processo; depois tome o suco junto com ela. Dessa forma, ela começa a valorizar o alimento natural e, talvez na próxima saída, escolha o suco em vez do refrigerante. Se não conseguir convencê-la da troca, pelo menos, compre o menor volume possível de refrigerante.

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Quanto à batata frita, outra estrela do fast-food, procure prepará-la em casa de outras formas (assada, purê, sautée) para que a criança veja que há outras maneiras de comer batata, e não só frita! Mas, se não conseguir convencê-la a abrir mão da batata frita, reduza a frequência a uma vez por semana, oferecendo uma porção pequena, para que não se crie um hábito viciado.

Junto com o refrigerante e a batata frita, vem o lanche, geralmente hambúrguer, que também faz muito sucesso com as crianças. Assim como sugerido para o suco, procure preparar lanches parecidos em casa, contando com a ajuda da criança. Escolha alimentos saudáveis, como alface, tomate, cenoura ralada, beterraba ralada, queijo branco, junto com o hambúrguer grelhado, e monte com ela o lanche. Dessa forma, ela entenderá que dá para fazer lanches gostosos também em casa. E, outra maneira de tornar o lanche mais saudável é escolher pães integrais nos seus diversos formatos.

Esporadicamente, o consumo de fast-food não fará mal; o que não deve é substituir refeições por lanches frequentemente. Fazer educação alimentar com criança é um processo lento, contínuo e depende de exemplos, principalmente em casa.










Atualizado em 1 Dez 2011.