Guia da Semana

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Saber um terceiro idioma pode ajudar no futuro profissional

É fato que aprender idiomas nos dias de hoje é mais do que importante; passou a ser uma necessidade. O inglês, por exemplo, já faz já faz parte do dia a dia de milhares de pessoas. Apenas para se ter uma ideia da força desse idioma, segundo dados na ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de três bilhões de pessoas ao redor do mundo falam inglês. Muita coisa, né?

Aprender uma língua na adolescência é uma boa, especialmente para o futuro, quando chega a hora de buscar o seu lugar ao sol no mercado de trabalho ou mesmo investir em um intercâmbio. Mas não se desespere caso você não saiba mais do que o simples verbo "To Be" ou um mísero "Hi, my name is...". Nunca é tarde para aprender. A dica é: foco!

Para falar outro idioma, não há uma idade certa; o mais ideal é se dedicar a aprender um de cada vez. E, assim que o segundo estiver mais consolidado, parta para outro. Veja como fazer bom proveito dos estudos e se prepare para sair falando sem papas na língua.

Tempo livre

Saber outra língua deixou de ser um item de luxo e não serve apenas para usar as redes sociais e saber tudo sobre aquele seu game preferido ou daquela música que você não tira do Ipod. Alguns estudos voltados à neurociência e à linguística aplicada mostram que não há uma idade ideal para começar a aprender um idioma.

No entanto, na adolescência, as possibilidades de aprendizado são maiores, pois não há exigências como trabalho, faculdade e tarefas que possam comprometer a prática. "O adolescente não tem a preocupação do trabalho e das obrigações que o adulto possui. Ou seja, está muito mais aberto para vivenciar o mundo e tudo que vem junto", comenta a engenheira de educação da Seven Idiomas, Débora Schisler.

Tudo junto e misturado

É comum aliar vários idiomas, afinal, algumas escolas até fornecem descontos para quem se propõe a estudar mais de um idioma de uma só vez. Porém, na prática, o resultado não é tão bom quanto aparenta. "O ideal para um adolescente é focar apenas em um idioma. De preferência, o inglês, que é a língua do mundo dos negócios e também do mundo acadêmico", aconselha Ricardo Leal, diretor presidente e fundador da escola de idiomas inFlux.

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Para não embaralhar as coisas, é preciso dominar bem um idioma antes de se dedicar a outro

Mas não é uma obrigação focar em apenas um. Para quem pretende aliar os estudos das línguas, Débora Schisler dá uma dica. "Quando uma língua já estiver mais consolidada, comece uma outra. Ter foco ajuda. Mas é possível fazer dois ou mais idiomas, depende da razão do adolescente fazê-los, para intercâmbio, por exemplo".

Conversação ou escrita?

No dia a dia, muitos colégios incentivam a gramática como fundamental. Já escolas de idiomas focam na conversação e prometem mundos e fundos em poucos meses. Enfim, opções não faltam. E nessa hora o jovem deve se ligar em ambas as funções e não deixar de lado um fator importante: a audição. Somadas, as habilidades vão ficar ainda mais claras na mente.

"O ideal é que a pessoa se envolva com a língua da mesma maneira que ela aprendeu a se comunicar em sua primeira língua, ou seja, por meio da audição, através de ouvir músicas, filmes, discursos, etc", aconselha Ricardo Leal, da escola inFlux. Isso ajudará a desenvolver a fala e, consequentemente, as outras habilidades vão sendo aperfeiçoadas ao longo do processo de aprendizado.

Seja diferente

Uma das línguas mais procuradas, o inglês hoje em dia passou a ser quase que uma obrigação. Na TV, no cinema, na Internet, na música, ele está presente em palavras que você fala no cotidiano. Então, ter habilidade para falar várias línguas é um plus e obter um terceiro idioma é um diferencial. No futuro ele poderá ser útil para procurar um emprego, no curso escolhido na faculdade e, quem sabe, para um intercâmbio.

Um exemplo de diferencial é a língua francesa. Totalmente em alta, ela é hoje falada por mais de 200 milhões de pessoas em cerca de 50 países nos cinco continentes e a segunda mais ensinada no mundo. "O francês diferencia e ajuda no desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional. É extremamente importante em algumas áreas do conhecimento, tais como direito, relações internacionais, gastronomia, artes, moda", comenta a diretora pedagógica do IFESP - Instituto de Estudos Franceses e Europeus de São Paulo, Pauline Charoki.

Mão na massa

Um jovem possui muitas formas de exercitar e treinar uma língua. O ideal é que cada um encontre a forma que mais o satisfaça. Uns preferem a música, outros preferem livros, séries de TV, animações, redes sociais, vídeo games. O importante é que cada um encontre o jeito que mais traga benefícios ao aprendizado. Para isso, é necessário envolver-se com a língua o máximo possível.

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Mesmo quem não tem condições de bancar uma curso particular pode aprender bem uma nova língua

De acordo com o diretor executivo da Easycomp Plus, Jaques Grinberg, a melhor forma de exercitar o aprendizado é colocando a mão na massa, ou melhor, a língua. "A prática acontece conversando e, principalmente, ouvindo a si mesmo. Com este recurso o aluno poderá fazer uma autoavaliação e corrigir os seus próprios erros".

Já a engenheira de educação da Seven Idiomas, Débora Schisler, comenta que o uso da língua está em pequenos detalhes do dia a dia que nem mesmo o aprendiz percebe e isso fortalece o ensino. "Quanto mais exposição melhor. Isto pode ser via cinema, música, jogos, revistas, facebook, twitter etc", afirma.

Sem grana

Até mesmo quem não está em condições de frequentar uma escola de idiomas pode aprender uma nova língua. Graças à internet, muitas pessoas sem condições de bancar aulas particulares podem optar por serviços grátis, porém, sem uma orientação. Por isso, é necessário verificar as opções disponíveis na web e ficar de olhos se são confiáveis "A melhor alternativa para quem não tem acesso a uma escola de idiomas é a internet, que está repleta de sites, comunidades, materiais para download gratuito e muito mais", aconselha Ricardo Leal, da escola inFlux.

Ouvir muita música e, principalmente, cantar junto é uma boa alternativa, para a engenheira de educação da Seven Idiomas, Débora Schisler. Já o diretor executivo da Easycomp Plus, Jaques Grinberg, aconselha que as pessoas que não podem bancar uma aula particular assistam filmes sem legenda, pois essa é uma ótima alternativa para treinar a audição.

Atualizado em 6 Set 2011.