Guia da Semana

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Vivemos uma época em que há uma transitoriedade em vários aspectos da sociedade, o que proporciona um clima de impermanência e incerteza que afeta a nossa vida em todos os sentidos, especialmente no convívio familiar. Educar adolescentes é uma tarefa desafiadora, questionadora, emocionante e de grande aprendizado, tanto para os pais quanto para os filhos.

Os adolescentes querem emoção, vibração, privacidade, independência, ou seja, os privilégios do adulto, sem que deem provas de já terem competência e maturidade para merecê-las. Mas, no fundo do coração, os jovens querem amor, respeito e aceitação por parte dos familiares.

A maioria dos pais acredita que educar um adolescente é um processo cansativo e assustador. Quantas vezes não escutamos comentários como "Por que os adolescentes não vêm com um manual de operação?" ou "Desisto! Nada funciona com ele!"


Ser pai e mãe é apresentar o jovem a si mesmo e ao mundo, com amor, atenção e respeito. Quem vai querer conselhos de alguém que não entende seus conflitos? Dizer que o jovem está exagerando, fazendo tempestade em copo d`água pode ser visto por ele como um uso de superioridade e condescendência para esconder que, na verdade, você não sabe do que ele está falando e não entende o que ele está sentindo.

Na programação neurolinguística, utilizamos muito o rapport, que significa uma mudança de atitude diante do outro, do mundo e de si mesmo. Trata-se de um processo de transformação e mudança por meio da comunicação e da utilização da linguagem que amplia a capacidade de enxergar e compreender as pessoas pela sua forma de pensar, sem críticas ou julgamentos.

Todos já fomos adolescentes e temos experiências que nos ajudam a compreender esse momento pelo qual nossos filhos estão passando. Ampliar nossa capacidade de percepção e compreensão, somado a boas doses de respeito e tolerância, já é um grande passo para melhorar o relacionamento e permitir uma comunicação mais eficaz e, como consequência, fortalecer e trazer mais qualidade ao relacionamento pai e filho.


E um bom relacionamento entre pais e filhos consiste, sobretudo, na possibilidade de os pais crescerem junto com cada filho, respeitando e acompanhando a passagem dessa fase tão complexa e difícil, que vai da dependência quase total do bebê para a crescente autonomia e independência do filho já quase adulto.

Leia a coluna anterior de Walkyria Coelho:

Como lidar?


Quem é a colunista: Walkyria Coelho.

O que faz: É psicóloga, psicoterapeuta e instrutora da SBPNL - Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística.

Pecado Gastronômico: Só o que não vale é comer sentindo-se culpada.

Melhor lugar do mundo: Paris.

O que está ouvindo no carro, no rádio, mp3, iPod: Caetano Veloso, Mônica Salmaso, Chico Buarque, Marisa Monte, Lenine e vários outros.

Fale com ela: [email protected]

Atualizado em 6 Set 2011.