Guia da Semana

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Além de ser um prato cheio para as doenças respiratórias, o frio também aumenta o risco de problemas oculares, como coceiras, alergias e conjuntivite. Assim, além de encapuzar a criançada, é preciso redobrar os cuidados com a visão e tomar algumas precauções para garantir a saúde dos olhos durante a estação.

Como os pequenos costumam ficar em lugares fechados durante o inverno, é mais fácil desenvolver um quadro alérgico. "Como a umidade relativa diminui nessa época, os sintomas de olho seco, como ardência, irritação e vermelhidão, podem ocorrer. É bom ficar atento para conjuntivite também, pois apesar de ser mais comum no verão, se uma criança estiver contaminada, a chance de contágio é maior", explica André Berger, oftalmologista e membro da diretoria da APÓS (Associação dos Portadores de Olho Seco).

Cuidados

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Segundo Berger, para prevenir essas doenças, é importante tentar ventilar os ambientes. Evitar acúmulo de objetos alergênicos, como tapetes, carpetes e livros, também ajuda na prevenção. "Deixar entrar sol em casa e manter as roupas das crianças sempre limpas e secas. Se por ventura ela já apresentar quadros alérgicos, procurar um oftalmologista para tratamento adequado, em geral feito com colírios. Se pegar conjuntivite, não levá-la a escola ou creche para que não contamine os colegas", explica.

Outro cuidado essencial é em relação à exposição dos olhos aos raios solares. Apesar de serem pouco usados pelos pequenos, os óculos escuros são recomendados em situações de muita exposição ao sol. O especialista afirma que quem já usa óculos pode fazer um modelinho de grau com filtro solar. "Os pais devem ficar atentos principalmente para crianças empinando pipas, pois elas ficam olhando para cima durante muito tempo e podem receber raios solares demasiados".

Olhos atentos

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Mas como nem sempre a criança relata o que está sentido, às vezes fica difícil saber se está algum problema que deve ser encaminhado ao especialista. Segundo Berger, os pais devem observar o baixinho e verificar se ele coloca as mãos frequentemente nos olhos, coçando-os. Também podem perceber se as pálpebras estão inchadas, os olhos vermelhos e se a criança está com aversão à luz ou mesmo irritada. Dependendo do caso, o médico pode receitar lubrificantes sem conservantes para uso frequente.

Caso os pais percebam alguma diferença nos olhos da criança, deve encaminhá-la ao oftalmologista. Nem colírio deve ser aplicado sem prescrição médica. "Cada doença tem sua particularidade e por vezes usamos colírios de uso adulto em crianças. Mas, a princípio, nunca instile qualquer colírio sem ter antes passado no especialista. Às vezes, isso pode piorar a situação em vez de melhorar", alerta.

Atualizado em 6 Set 2011.