Guia da Semana

Foto: Divulgação

Cláudia Leitte e seu filho Davi são as estrelas da campanha de amamentação de 2009

Com pouco mais de três meses, o pequeno Davi, filho da cantora Cláudia Leitte, passou por um drama que todo o país acompanhou. Pegou meningite e ficou dias internado. Porém, teve uma recuperação surpreendente, não perdeu e peso e nem sofreu nenhum tipo de sequela, graças ao leite materno. "Davi desenvolveu-se muito bem, graças às mamadas que lhe dou desde o seu primeiro dia de vida. Aleitamento materno exclusivo, conhecem? Apenas leite do meu peito. Acordo diversas vezes durante a madrugada para alimentá-lo", revelou Claudia quando o filho tihha um mês de vida.

A cantora fez questão de aceitar de imediato o convite feito diretamente pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e estrelar a Campanha de Aleitamento Materno do Ministério da Saúde, com o slogan: Amamentação em todos os momentos. Mais saúde, carinho e proteção. "Eu me preparei para amamentar. Li sobre o assunto. Tinha o desejo de participar de uma campanha com este tema", enfatizou a mãe de primeira viagem.

Na mira


O leite materno é proteção natural para as crianças

A campanha defende a amamentação como resposta às situações de emergência, como enchentes, secas e outras catástrofes naturais. "A ideia é incentivar uma maior participação e o apoio dos profissionais de saúde, familiares e rede social, governo e sociedade civil organizada à mulher e seu filho nessas situações, em que o risco de interrupção da amamentação aumenta e as condições típicas de catástrofes favorecem o aparecimento de doenças infecciosas", explica Lilian Córdova do Espírito Santo, assessora para assuntos relacionados ao aleitamento materno, da Área Técnica de Saúde da Criança, do Ministério da Saúde.

Além disso, o leite materno é um antibiótico natural. Ele contém todos os nutrientes que a criança precisa nos primeiros seis meses de vida, além de proteína e gordura mais adequadas ao organismo naquele momento da vida.

E os benefícios não só para os pequenos, um estudo publicado na revista Obstetrics and Gynecology relata que amamentar diminui o risco de doenças cardíacas no futuro. O trabalho analisou 139.681 mulheres após passarem o período da menopausa e destacou que o grupo de mulheres que amamentou seus bebês por pelo menos um mês apresentou pressão arterial mais baixa, menor nível de colesterol e menor incidência de diabetes que são os grandes vilões das doenças cardíacas.

O alvo



As mães estão cada vez mais consciente da importância do aleitamento

As campanhas de amamentação vêm dando resultado, é o que diz a pesquisa feita pelo Ministério da Saúde. Segundo o levantamento feito em todas as capitais, Distrito Federal e em outros 239 municípios o tempo médio do período de Aleitamento Materno (AM) no país aumentou um mês e meio: passou de 296 dias, em 1999, para 342 dias, em 2008. O estudo também revelou um aumento do índice de Aleitamento Materno Exclusivo (AME) em crianças menores de quatro meses. Em 1999, era de 35%, passando para 52% em 2008.

Na década de 1970, as taxas de mortalidade foram altas no país, muito em função do pequeno período de aleitamento materno de 2,5 meses em média. Entretanto, nos últimos anos, a conscientização dos profissionais e as estratégias de governo têm mudado esse cenário. Essa melhora pode ser atribuída a inúmeros fatores, dentre eles: às campanhas governamentais de incentivo ao aleitamento materno.

Ainda segundo a pesquisa, Belém é a capital com o maior índice de aleitamento materno exclusivo em crianças menores de 6 meses, Macapá apresenta a maior duração de amamentação, Campo Grande é quem mais avançou nos índices de aleitamento materno exclusivo, e São Luis, por sua vez, tem os melhores dados na prática na primeira hora de vida.

A ideia é que esses dados forneçam subsídios para o planejamento e avaliação da Política Nacional de Aleitamento Materno em todas as esferas de gestão. Além disso, poderá orientar ações de grupos e organizações não-governamentais que atuam na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno", explica Lilian Córdova do Espírito Santo, assessora para Assuntos Relacionados ao Aleitamento Materno, da Área Técnica de Saúde da Criança.


Atualizado em 6 Set 2011.