Guia da Semana

Foto: Getty Images

Música famosa do momento ao fundo. Refrigerantes e salgadinhos na mesa. Cadeiras encostadas nas paredes. E muitos olhinhos ansiosos, piscando no ambiente à meia luz. Quando eu tinha quinze anos, nada parecia mais assustador do que uma festa ou baladinha com pessoas da minha idade.

Ok, assumo que boa parte da visão tenebrosa que eu tinha desses eventos estava ligada à minha personalidade extremamente tímida e introvertida, acentuada pelas confusões e dúvidas comuns desta fase. Mas, se pararmos para pensar, pode ser uma aventura entrar em um lugar fechado, dançar, comer, beber e conversar durante algumas horas, noite adentro.

O que mais me atrapalhava, além da timidez peculiar, era o sono. Pior do que a Cinderela, eu virava abóbora muito antes da meia noite e era um sacrifício manter os olhos abertos naquela escuridão. Tão jovem, com tanta disposição e energia! Eu não conseguia aproveitar as coisas boas de tudo aquilo.

Hoje eu vejo, principalmente depois de escrever esses três parágrafos dramáticos, como fui levada pelas minhas inseguranças e exagerei nas preocupações e encanações. Estou (um pouco) mais velha e com certeza mais cansada, por trabalhar e estudar, mas consigo ficar até seis horas da manhã em uma balada e sempre me divirto, seja com a música, seja com as pessoas e também com coisas engraçadas que acontecem.

Parei de me importar com o que iam pensar da minha roupa, do meu jeito esquisito de dançar, dos meus assuntos e de tudo o que eu sou ou posso ser em um lugar fechado, escuro e com música alta. Afinal, todo mundo vai às festas, porque quer sair de casa, conhecer pessoas novas, curtir um som e tomar um 'refri' sem compromissos. O mais legal é fazer o que tem vontade e se soltar um pouco. Se quer chegar em alguém, porque não? A dança, então, quanto mais maluca melhor. Desencane e seja feliz!

Leia as colunas anteriores de Fernanda Carpegiani:

O prazer é meu, sogrinha

Muito prazer, sogrinha!

Amor Compartilhado

Quem é o colunista: Fernanda Carpegiani - Uma jovem cheia de energia, que aproveita a vida de uma forma intensa e particular.

O que faz: Jornalista apaixonada.

Pecado gastronômico: Batata frita.

Melhor lugar do Brasil: Ubatuba - São Paulo.

Fale com ela: [email protected]

Atualizado em 6 Set 2011.