Guia da Semana

Foto: Sxc.Hu


Quantas vezes você já não ouviu seus pais e professores dizerem que "vocês, jovens, precisam ler mais", ou "melhor ler do que ficar no computador"? As pessoas estão sempre falando sobre a importância da leitura, mas às vezes, a gente não tem ideia do que isso significa. Muitos não suportam sentar e abrir um livro, acham chato e difícil, preferem fazer coisas mais divertidas. Mas ler pode ser um entretenimento.

Desde criança, adoro ler historinhas, livros para meninas, e tudo que pudesse ser colorido e interessante. Me divertia ao viver as aventuras de uma bruxinha, viajar no espaço com um grupo de crianças, ou conhecer a casa de uma ratinha (Ninoca, me lembro até hoje).

Fui crescendo e os gostos foram mudando. Na pré-adolescência, lia diários de personagens com a mesma idade que a minha, dicas sobre relacionamento e sexo para teens, romances, além de outras novidades e curiosidades. Ia aprendendo coisas novas, fantasiando com as histórias e tirando dúvidas sobre a vida. No entanto, tinha muita dificuldade de ler as obras obrigatórias da escola, quando fugiam muito das minhas preferências. E foi aí que comecei a criar uma resistência à leitura.

Durante algum tempo, lutei contra linhas, dormi sobre páginas e xinguei escritores diversos. Achava uma chatice ter que ler isso e aquilo, resenhar depois, fazer a famosa "prova do livro". Sempre deixava pra última hora e passava a madrugada tentando fazer leitura dinâmica, o que só aumentava o meu (quase) ódio pelos livros.

Passada a época do colegial e do cursinho - as mais complicadas com relação à leitura obrigatória -, vejo como me deixei levar pela rejeição ao que não gostava de ler. Englobei tudo no mesmo saco e esqueci de buscar coisas diferentes, que pudessem me interessar e estimular. Claro que encontrei alguns desses no caminho, como "Budapeste", do Chico Buarque, mas a maioria acabou apenas contribuindo para minha aversão.

Aos poucos a gente aprender a apreciar a leitura. Quando abro um bom livro, abaixo minhas defesas e me deixo levar para aquele mundo. Conheço as pessoas, os lugares, os caminhos e me transporto para dentro das páginas, entre as linhas e as letras. Apesar de parecer piegas, a verdade é que existe vida dentro dos livros. E, para vivê-la, basta abri-lo e dar uma chance às palavras.

Leia as colunas anteriores de Fernanda Carpegiani:

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Quem é o colunista:Fernanda Carpegiani - Uma jovem enérgica queaproveita a vida de uma forma intensa e particular.

O que faz: Jornalista apaixonada.

Pecado gastronômico: Batata Frita.

Melhor lugar do Brasil: Ubatuba - São Paulo.

Fale com ela: [email protected]

Atualizado em 1 Dez 2011.