Por Andréia Meneguete

Muitas mães descobriram na música uma forma de agradar o bebê que ainda está na barriga. Estudos apontam que o som musical é importante no desenvolvimento auditivo e bem-estar da criança. E por que não começar desde a fase uterina?
Segundo a fonoaudióloga do Hospital Santa Helena - Patrícia Mattos, a conversa da mãe com o filho e a apresentação da música na gravidez faz com que o vínculo entre ambos seja fortalecido. "Muitos bebês que foram acostumados com a música durante a gestação geralmente se acalmam ao ouvir canções de ninar e cantigas de roda quando estão chorando ou inquietos", sinaliza a especialista.

Ao apresentar algumas melodias para os pequenos, os pais também estão incentivando a melhor percepção e sensibilidade da criança, além da construção da fala e da linguagem. "As repetições dos versos e as rimas ajudam a criança no desenvolvimento e entonação das falas e até mesmo na interpretação e associação de nomes e objetos", explica a mestre em distúrbios da comunicação e fonoaudióloga da Maternidade Neomater, Andréia Monteiro Medeiros.

Mas não é porque a música tem influência positiva na vida da criança que se deve atormentá-la a todo o momento com algum ruído. É bom ter sempre em mente que as crianças têm horários para tudo, principalmente o sono. Andréia indica que o som seja colocado nas horas de cuidados com o bebê, como no banho e amamentação. Mas tudo numa altura razoável, sem agressões aos tímpanos. As músicas devem ser escolhidas pelo gosto e bom senso dos pais. Então, não vale rock pesado ou músicas com vocabulário pobre e de baixo calão. As preferidas pelos especialistas no segmento são as músicas clássicas, populares e infantis.

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