Guia da Semana

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Quando descobrem que "estão grávidos", os pais começam a imaginar e idealizar este bebê que irá nascer. Imaginam como será esta criança, do que gostará, planejam atividades futuras e até cogitam sobre o que o bebê será quando crescer.

Diante disso, a notícia de que este bebê será uma criança portadora de necessidades especiais - sejam estas físicas ou mentais - chega como um baque, gerando uma série de sentimentos confusos e, muitas vezes, contraditórios. Medo, raiva, inconformismo, culpa, rejeição, vergonha... São alguns dos sentimentos que aparecem neste momento e se misturam com todo aquele amor e alegria que, normalmente, acompanham a chegada um filho.

É importante, primeiramente, que os pais possam falar sobre estes sentimentos para que consigam lidar com a perda daquele bebê idealizado e aceitar a criança que chega, com suas possibilidades e limitações. Para isso, podem buscar apoio em instituições especializadas, grupos de pais que passam pela mesma situação ou mesmo com psicólogos e terapeutas de sua preferência, além de ler e buscar informações sobre a condição limitante. Quanto maior o conhecimento, mais seguros estes pais estarão para enfrentar a nova situação.

A maneira como a família encara a deficiência irá ter um impacto direto sobre como esta criança irá ver o mundo e si mesma. Vale lembrar que, mais do que uma criança especial, essa é uma criança que precisa, como qualquer outra, ser amada, valorizada, seguir regras, lidar com sucessos e frustrações e sentir-se parte integrante da família e sociedade.

É importante, desta forma, que os pais consigam ter um olhar para as potencialidades e capacidades desta criança, incentivando-a em seu desenvolvimento e na conquista de uma vida plena e feliz.

É claro que isso não significa ignorar as limitações. Elas existem - e serão parte integrante do dia a dia desta criança. Muitas poderão ser superadas, outras apenas contornadas e adaptadas; mas esta criança só conseguirá aceitar-se e ter forças para buscar desenvolver todo o seu potencial na medida em que se sentir motivo de orgulho e amor para os pais e pessoas a sua volta.

Leia as colunas anteriores de Renata Peixoto:

Crianças e videogames

Ciúme entre irmãos

Quem é a colunista: Psicóloga, com experiência em Educação Infantil e Recursos Humanos.

O que faz: Psicóloga da Consultoria Familiar Babá Ideal.

Pecado gastronômico: Petit gateau - irresistível!

Melhor lugar do mundo: Qualquer um - se estiver acompanhada das pessoas que amo.

O que está ouvindo no carro, iPod, mp3: MPB, rock, pop... tudo misturado...

Fale com ela: [email protected]


Atualizado em 6 Set 2011.