Guia da Semana

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"Oi, t-tudo bom?", disse com voz fraca a garota de quinze anos, extremamente tímida, ao encontrar pela primeira vez a mãe do primeiro namorado. A resposta foi um "oi" simpático e sorridente, e um pedido mais do que educado para que ela ficasse à vontade, mas nada aplacava o nervosismo daquele momento. Dura e muda, sentou-se no sofá querendo se enfiar embaixo das almofadas de tanta vergonha. Foi assim que eu conheci a minha primeira "sogra" (tecnicamente, a pessoa só vira sogra ou sogro depois do casamento, mas, mesmo em um namoro, também leva este nome).

Com meus outros namorados não foi tão diferente, exceto pelo fato de que eu já estava mais velha e (um pouco) mais experiente. Sempre fui tímida, principalmente nos primeiros contatos com as pessoas, mas a situação de conhecer os pais do(a) namorado(a) é mesmo constrangedora. Não sabemos como nos portar, o que dizer, se damos risada ou não, se fazemos piada ou ficamos sérios. A insegurança logo chega: "O que eles vão pensar de mim? Será que vão me achar idiota?". Dizem que a primeira impressão é a que fica, então nos cobramos para agradar logo de cara, mas o ideal é tentar relaxar e agir naturalmente. Fácil, não?

A primeira coisa a fazer é tentar não se cobrar tanto. Fingir que é de um jeito só para agradar, pode parecer uma boa ideia na hora, mas se vocês continuarem juntos por algum tempo você começará a ter dificuldades para manter a farsa. A sinceridade é sempre a melhor opção e os adultos percebem (e gostam) quando você é verdadeiro. Talvez seja de bom tom omitir alguns detalhes, como que você adora rock pesado, bebe demais às vezes - válido apenas para maiores de 18 anos! - e está indo mal em quase todas as matérias da escola.

Mas, em geral, é legal tentar conversar e falar um pouco mais sobre você para a família do(a) namorado(a). Peça ajuda a ele(ela), perguntando do que os pais mais gostam e o que eles não suportam. Assim, fica mais fácil de engatar uma conversa agradável. E lembre-se de que eles não são alienígenas! São como os seus pais, só que desconhecidos, por enquanto.

Passado o primeiro susto, vocês vão conviver mais e você poderá ter outra surpresa: não gostar dos "sogrinhos". Já aconteceu comigo também. Até porque ouvimos o(a) namorado(a) falando dos problemas que tem em casa, do que os pais fizeram, e que não foi bacana, e ficamos com raiva. E também pode acontecer de você simplesmente não ir com a cara deles e não gostar da maneira como falam ou fazem as coisas. Nessa hora é preciso respirar fundo.

Evite falar sobre isso com o(a) namorado(a), pois ele pode ficar chateado. Se quiser conversar, escolha um amigo de confiança e procure saber de pessoas que tenham passado por algo parecido (não é raro!). Você pode tentar evitar o contato com eles quando possível, mas os pais sempre estarão presentes na vida dos filhos e você precisa aceitar isso, porque, querendo ou não ele(a) ainda mora com a família. Se eles começarem a interferir demais no namoro, aí pode ser hora de conversar sobre o assunto.

Na saga dos "sogrinhos", você ainda pode enfrentar alguns outros problemas. E se eles não gostarem de você? Aguarde a minha próxima coluna para saber!

Leia as colunas anteriores de Fernanda Carpegiani:

Amor Compartilhado

Amizade Colorida

Minha galera

Quem é o colunista: Fernanda Carpegiani - Uma jovem cheia de energia, que aproveita a vida de uma forma intensa e particular.

O que faz: Jornalista apaixonada.

Pecado gastronômico: Batata frita.

Melhor lugar do Brasil: Ubatuba - São Paulo.

Fale com ela: [email protected]

Atualizado em 6 Set 2011.