Guia da Semana

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No início da vida escolar da criança tudo é novidade. Os números, as letras, tudo que lhe é apresentado, na maioria das vezes, é recebido com grande motivação e, portanto, aprendido com extrema naturalidade. Porém, quando os conteúdos escolares começam a exigir mais do aluno, quando além de apenas somar e diminuir ele precisa multiplicar, dividir e fracionar, as dificuldades começam a aparecer.

Isto ficou evidente, por exemplo, em uma pesquisa realizada pelo Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que apontou que os alunos do terceiro ano são os que mais reprovam no Ensino Fundamental - somente 67% dos matriculados nas escolas estaduais passaram para o ano seguinte. Mas por que isso acontece? Porque estes alunos ainda não conseguiram atingir um nível básico de aprendizado da matéria.

Cada um desses alunos apresenta o seu ritmo de aprendizado. A facilidade que alguns apresentam pode estar ligada a um interesse individual ou ao acompanhamento mais próximo da família. Em contrapartida, a dificuldade pode surgir por problemas de aprendizado, emocionais, desmotivação ou pura falta de estímulo. Estas pessoas, que aparentemente não têm tanta facilidade com os números, sentem-se pressionadas a estudar "conteúdos complexos", passando então a adquirir o terrível sentimento de aversão ao estudo.

No sistema de aula coletiva isso é muito comum, pois não há um acompanhamento individual para desenvolver cada aluno. É aí que o potencial e determinação de cada um começam a inverter o jogo.

Para os pais que já notaram esta dificuldade em seu filho, fica a dica. Quanto mais cedo a criança começar a estudar, e de maneira correta, melhores serão os resultados.

Querem saber de um fato comprovado cientificamente? A criança que se desenvolve bem em Matemática tende a ser polivalente e não apresenta dificuldades em outras áreas do saber.

A criança que desde pequena tem contato com a Matemática apresenta um raciocínio mais apurado, desenvolve um senso bem maior de assimilar as coisas à sua volta e se mostra mais organizada, pois na Matemática há uma lógica (um caminho) para tudo e as crianças, com os exemplos recebidos no meio onde vivem, assimilam com maior facilidade essa questão.

A importância de estimular o gosto pela Matemática na rotina da criança é fundamental para um desenvolvimento sem sobressaltos e de forma linear, evitando que ela venha a apresentar dificuldades no processo de aprendizagem.

O que faz a pessoa gostar de Matemática, ou de qualquer outra coisa, é o acerto entendimento que tem por tal coisa. Afinal, ninguém gosta de insistir naquilo que não tem progresso.

Conhecer as dificuldades da criança e procurar entender quais os motivos que fazem com que ela não goste da matéria são os primeiros pontos para ajudar seu filho a ter uma vida escolar tranquila.

Revisar conteúdos, fazer exercícios e dar dicas úteis podem contribuir, e muito, para um aprendizado mais efetivo.

Portanto, deixe o preconceito de lado e entenda que a Matemática não nasceu para torturar ninguém. O segredo do aprendizado está dentro de cada pessoa. Os benefícios que ela proporciona vão além de notas escolares. Então... Vamos tentar?

Leia as colunas anteriores de Adriana Tomaz:

É bom tomar conhecimento

É preciso saber desde cedo

A alegria de tê-los e educá-los

Quem é a colunista: Adriana Pinheiro Tomaz.

O que faz: Responsável pela Orientação do Método Kumon.

Pecado gastronômico: comida japonesa.

Melhor lugar do mundo: o Brasil.

Fale com ela: [email protected].

Atualizado em 6 Set 2011.