Guia da Semana

Medicina, Direito, Administração, Tecnologia da Informação, Produção Audiovisual... São tantas as opções de cursos e faculdades que o difícil é decidir que rumo seguir. Nessa fase de dúvidas e questionamentos, colégios e cursinhos saem do papel de preparadores para vestibular e assumem a postura de orientadores para a vida, aproximando-se dos alunos e das famílias.

A pressão dos pais para as carreiras tradicionais e promissoras ainda existe, embora menor do que antigamente. Por isso, nem pense em deixar a família de lado na hora da orientação. "Começamos esse trabalho no 1º ano do Ensino Médio, com autoavaliação e autoconhecimento. No ano seguinte, em função das áreas de interesse, levamos os jovens a pesquisar cursos e faculdades, com discussões, dinâmicas e um novo teste. Só no começo do último ano fazemos a apresentação dos resultados, primeiramente para a família, de forma individual, depois para o estudante", conta o professor Adilson Garcia, um dos diretores do Colégio Vértice, 1º lugar em desempenho no Enem 2009.

O trabalho de alinhar pais e filhos ajuda a reduzir a pressão psicológica e eventuais frustrações ao longo do caminho. Segundo o educador, estatísticas internas mostram que cerca de metade dos adolescentes chega ao 3º ano sem saber que profissão seguir, mesma média para os jovens que trocam de curso durante a faculdade.

"É esperado do jovem uma maturidade que ele ainda não tem, uma certeza que só a vivência poderá trazer. Indecisão e mudanças são normais à medida que o leque de opções aumenta. Esse processo precisa ser mais sereno, é uma fase de experimentações", explica Adilson.

De acordo com Edmilson Motta, coordenador geral do Curso e Colégio Etapa, os candidatos a Medicina costumam ser os mais decididos, enquanto os que tendem para Administração mostram-se mais indecisos. "Não é uma regra, mas os alunos que pretendem ser médicos já chegam decididos, com esse sonho desde a infância, e muita vontade de ajudar ao próximo. Já os que escolhem Administração geralmente tendem a algo mais generalista", diz.

Projeto de vida

Segundo Edmilson, orientação profissional é mais abrangente do que apenas testes vocacionais e de aptidão. "Orientação vocacional envolve palestras, entrevistas com psicólogos, debates com profissionais e universitários de cada área e painéis de profissões. Os testes vocacionais fazem parte do processo, sim, mas de forma complementar", pondera.

Adílson Garcia reforça que a escolha do curso envolve mais do que a profissão a ser seguida. Coloca em xeque objetivos, planos e projetos a médio e longo prazos. "O ideal é começar a discutir com os jovens de forma reflexiva, para cada um pensar em um projeto de vida, com questionamentos sérios como onde querem chegar, que tipo de pessoas pretendem ser na vida e como se imaginam na faculdade, depois de formados e no mercado de trabalho", avalia.

Orientações e testes vocacionais podem ser feitos em colégios, cursinhos particulares e gratuitos, diretamente com psicólogos e no CIEE (Centro de Integração Empresa Escola). Também há baterias de testes que podem ser baixadas pela internet, com resultados on line.

Serviço:
CIEE
Posto Mackenzie: Rua Itambé, 135, Prédio 19, Higienópolis.
Informações e agendamentos pelo site www.ciee.org.br

Foto: Getty Images

Atualizado em 1 Dez 2011.