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| Montagem mostra a o modo como o bebê enxerga |
Ao nascer, a visão da criança ainda está em formação e o cérebro está "aprendendo a enxergar", por isso, desde cedo o bebê deve ser acompanhado por médicos, assim, alguns problemas podem ser prevenidos ou controlados.
Gestação
Entre o sexto e o sétimo mês, as pálpebras ganham movimento. Dentro do útero, o bebê já consegue perceber a luz. A gestante precisa tomar alguns cuidados, já que a formação do neném pode ser afetada pelo estado de saúde da mãe.
Um grande problema é a deficiência de vitamina A (DVA), que interfere na formação das células do feto. É a maior causa prevenível de cegueira em crianças. Rubéola e toxoplasmose também causam má-formação no bebê. Apesar de a toxoplasmose afetar 1/3 das gestações onde a mãe tem a doença ativa, a rubéola é a maior responsável por cegueira em recém-nascidos.
Nascimento
Se a gestação não apresentou problemas, o bebê enxerga aquilo que está entre 15 e 40cm, mas não consegue ver formas, apenas vultos sem detalhes ou profundidade. Somente enxerga algumas cores, para ele o mundo é feito apenas de tons fortes. Já nesta fase, para evitar problemas, é necessário fazer a limpeza dos olhinhos com uma gaze úmida e movimentos suaves.
Caso o bebê seja prematuro, as chances de ter problemas de visão são maiores, por isso, já na UTI é necessário realizar exames entre quatro e seis semanas de vida. Cerca de 30% dos prematuros sofrem de retinopatia da prematuridade, sendo que, destes, 8% ficam cegos. O problema acontece pela falta de irrigação sangüínea na retina e também pode causar hipermetropia.
Ao lado da retinopatia, o glaucoma congênito é a maior causa de cegueira entre as crianças do Brasil. Para identificar é simples, alguns indícios sinalizam o glaucoma, por exemplo, crianças que nascem com olhos muito grandes ou embaçados, não suportam a luz e lacrimejam muito. Assim que os pais perceberem estes sintomas, devem procurar imediatamente um oftalmologista.
Em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife, as maternidades são obrigadas a realizar o exame do reflexo vermelho, que afasta doenças como glaucoma e catarata congênita, problema que afeta um a cada 250 bebês. No Brasil, a catarata infantil causa de 5,5 a 12% dos casos de cegueira infantil.
Recém-nascido a 6 meses
O desenvolvimento da criança depende de treino e amadurecimento neurológico, portanto, a estimulação é muito importante. Apesar de usar o olhar para se comunicar, com dois meses de idade, os bebês não conseguem distinguir os objetos ou seres que o cercam. Identificam suas mães apenas através do cheiro, do tato e da voz.
Aos três meses, os bebês não conseguem coordenar o alinhamento dos olhos, os músculos que fazem esta função ainda não se desenvolveram. Até os seis meses, as conexões da retina atingem a maturidade. Então, ele consegue ver dimensões, profundidade e cria noção do espaço. Aliás, durante o primeiro semestre de vida, os olhos do bebê podem mudar de cor.
1 a 2 anos
O pequenino já consegue identificar sua imagem no espelho e começa a se perceber igual aos outros, nesta fase enxerga exatamente como um adulto, mas o desenvolvimento neurológico só vai estar completo por volta dos seis ou oito anos de idade.
Durante toda a vida, tomar sol é fundamental para o desenvolvimento dos ossos, mas proteger os olhos dos pequenos é fundamental. Os banhos de sol devem ser feitos por apenas 20 minutos entre 8h e 9h ou depois das 16h. Caso o bebê se exponha ao sol fora deste horário, seus olhos devem ser protegidos com chapéu ou uma fralda limpa.
Atualizado em 6 Set 2011.
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