Guia da Semana

Fotos: Nathalia Clark/APH

Muitas coincidências e sonhos em comum deram o start da banda Lunablu há dois anos atrás. Em 2008, a vocalista hiper estilosa Valentina Piras reencontrou o guitarrista João Milliet, com quem tinha estudado no ensino fundamental. João, que sempre quis ter uma banda de rock com vocal feminino, viu um vídeo da ex-colega de classe na internet e logo entrou em contato para falar sobre seus projetos. Por acaso, Valentina estava com a ideia de montar uma banda com o baterista Thomas Henne. O trio estava formado.

Depois dessa super ajuda do destino, eles fizeram três músicas e colocaram na net. Como o resultado mega positivo, decidiram mostrar o trabalho para a gravadora e já começaram a trabalhar no álbum de estreia. Quando fizeram o primeiro show, os garotos de 24 anos (os três têm a mesma idade) já estavam com contrato assinado com a Universal. "A gente fez o caminho inverso. As bandas geralmente começam com som na garagem, e a gente começou direto em estúdio", conta João Milliet.

Como cada integrante tem um estilo próprio, o disco Lunablu é bem versátil e traz uma pegada diferente das outras bandas teen. Por isso, a união deu origem a um álbum com influências diversificadas, que vão do pop ao rock progressivo. "Cada um trouxe uma bagagem pessoal", diz Valentina. "É um contraste de uma voz delicada com o peso da bateria e da guitarra. A gente sempre teve uma preocupação musical muito grande. Isso chamou atenção da gravadora", completa Thomas.

Visu marcante

Foto: Nathalia Clark/APH


Outro aspecto que chama muita atenção é o visual super descolado. Cada integrante tem um look próprio e uma identidade fotográfica cheia de personalidade. "Hoje em dia, não é possível ter um produto musical bom sem ter uma imagem forte, diz o baterista."Eu sempre fui muito cheguei. Desde pequena queria me vestir diferente. E os meninos também são super estilosos. Nós não deixamos de ser um produto, mas somos nós mesmos e o pessoal gosta. Isso que é legal", fala Valentina.

Além de ser responsável pelo make up da banda, a vocalista também produz as fotos, que sempre esbanjam atitude. "Meu pai é fotógrafo, então sempre foi mais fácil ter acesso ao estúdio. Na primeiras fotos, pensei que deveríamos partir para algo mais fashion e sair daquele visual de banda de garagem. Então, cada um levou a sua imagem para algo mais fashion, mas com atitude rock", relata a cantora. "Sempre pensamos em fotos incríveis, pois isso convidaria a ouvir as músicas", completa.

Pegada atual

Foto: Nathalia Clark/APH


Apesar de atrair mais o público adolescente, os integrantes contam que há pessoas de todas as idades que curtem o trabalho da banda por causa da sonoridade atual, e ao mesmo tempo, sem data de validade. "O público mais velho gosta mais do som, já os adolescentes se apegam mais à imagem", analisa Thomas. "A molecada é mais fanática e vem atrás da gente com aquele discurso de fã", explica João.

Quanto ao estilo do Lunablu, os integrantes dizem que não se enquadram em nenhuma vertente teen. "Não nos classificamos como emos. Temos um visual colorido, mas também é diferente do happy rock", diz a vocalista. "A gente circula por todas as tribos, não há preconceito. Até porque se a gente coloca algum rótulo na banda acaba limitando o público. O legal é poder juntar essas tribos e passear no meio de todo mundo", afirma o guitarrista.

Assim como as outras bandas atuais, o Lunablu também se apóia na internet para divulgar os projetos. Porém, para eles, a dificuldade é levar esse público virtual aos shows e ao "mundo real". "Os fãs passam mais tempo na frente do computador e acabam não consumindo o nosso produto de verdade. Para manter o trabalho, temos que falar com pessoa por pessoa nas redes sociais. Hoje não dá para o artista não falar com o público", constata João.

Atualizado em 6 Set 2011.