Guia da Semana

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Apesar do avanço da ciência nos últimos anos, as pessoas ainda encontram a cura na medicina alternativa. Para alguns estudiosos, este termo não é adequado porque a medicina engloba todos os métodos de diagnósticos e tratamentos cientificamente provados e não há porque fazer a separação entre tradicional e alternativa. No entanto, ela existe para outros especialistas que acreditam que práticas como acupuntura, homeopatia, florais de Bach, fitoterapia, arte terapia, ayurveda, entre outras, fogem da alopatia (tratamento de remédios convencionais) e por isso se diferem.

Muitas crianças são curadas por essas técnicas mesmo tendo como objetivo os mesmos resultados da terapia tradicional. Pensando em esclarecer e dar algumas dicas sobre como utilizar essas práticas no cuidado com os pequenos, a reportagem do Guia da Semana entrevistou o doutor Alessandro Loiola, médico e autor de "Vida e Saúde da Criança" e "Criança em forma: saúde na balança".

Ele explica que de uns tempos para cá, meninos e meninas são diagnosticados, frequentemente, com déficit de atenção, imperatividade, entre outros transtornos. Neste caso, os pimpolhos acabam tendo de tomar remédio muito cedo, quando possivelmente, técnicas de relaxamento poderiam fazer algum efeito mesmo que a longo prazo. "Crianças que têm esses distúrbios considerados comuns hoje na sociedade, geralmente tomam um medicamento chamado metilfenidato, que poderia, por exemplo, ser substítuido por algumas aulas de yôga semanais, adaptadas para crianças , que envolvam técnicas especiais, histórinhas e fantasia para evitar que o momento se torne uma tortura para elas".

É importante saber que, mesmo partindo para linhas alternativas, obter diagnósticos e consultar um médico antes é sempre fundamental. Ou seja, para aquelas mães que adoram inventar modas por conta própria: cuidado, dependendo do tratamento existe a possibilidade de risco de intoxicação para os filhotes.

"Todos os remédios têm contra-indicação, por exemplo, a aspirina que tanto consumimos aqui no Brasil, é proibida no Estados Unidos para menores de 17 anos." O doutor Alessandro conta que essa substância vem de uma árvore chamada Sabugueiro, originária da Europa, África e Ásia ocidental. Há muitos anos, as comunidades pegavam a casca destas plantas, compostas pela salicina para usar como analgésicos. E hoje ela é utilizada na composição da aspirina. Mas, pode causar efeitos colaterais em crianças. Isso se contrapõe a idéia de tudo que é natural, não faz mal. Ele comenta a frase dizendo que nada é mais natural do que o veneno de uma cobra e, no entanto, ele pode causar um grande estrago.

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Mas, é claro que com o auxílio de um profissional, a mãe pode substituir os analgésicos para combater a febre por chás de Anil, Boejó e Abrecó, por exemplo. Basta comprar as folhas que geralmente vendem em supermercados e prepará-los em casa mesmo.

Fazer massagem, relaxamentos, arte terapia, tomar florais... tudo pode fazer muito bem para a criança. É necessário apenas um acompanhamento profissional. Hoje, temos especialistas em muitas áreas e por isso, não é dificil encontrar uma medicina em que os pais acreditem e queiram aplicar em seus filhos. "As pessoas têm que entender que as crianças são novas no mundo e que inevitavelmente entrarão em contato com milhões de bactérias. Por isso, os pais não podem pensar que seus filhos jamais estarão doentes. É só tomar alguns cuidados simples como: não esquecer de dar a vacinação (que tem eficácia comprovada) e levar o filho no médico sempre a febre começar a subir rapidamente". A partir daí, podem escolher qualquer método para cuidar com carinho dos pequenos.

Atualizado em 6 Set 2011.