Guia da Semana

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Se comemora em 2010 o centenário de nascimento do filósofo do samba, o compositor que inseriu a poesia de qualidade nas letras dos sambas, Noel Rosa.

E Porto Alegre dá o pontapé inicial nas comemorações que teremos em todo o país, com o Tributo a Noel.

A homenagem estará a cargo dos cantores Taíse Machado e José Luz, acompanhados da Oficina de Choro, formada por Mathias Velho (bandolim), Alan Hay (cavaquinho), Maxwel dos Santos (violão 7 cordas), César Franarin (sax tenor e locução), Guilherme Sanchez, Leonardo Peruzzo e Rodrigo Rocha (percussão). O show recria, em clima de boemia, os tempos do poeta da vila, com histórias que retratam cada uma das músicas do espetáculo, contextualizando cada um dos sambas.

São retratados os principais momentos vividos pelo compositor, sua época, a política, a cultura, num retrato que mostra como Noel viveu e em que contexto foram criados alguns dos mais famosos sambas do país, como Com que Roupa, Filosofia, Gago Apaixonado, O X do Problema, Adeus, Até amanhã, Fita Amarela, Feitio de Oração, Palpite Infeliz, Feitiço da Vila, Três Apitos, Conversa de Botequim, Pastorinhas, Pela décima vez, Cem mil réis e Último desejo.  

O grupo Oficina de Choro nasceu nas oficinas de choro e choro e samba do Santander Cultural e que começa a tomar forma, desenvolvendo projetos especiais, que buscam valorizar e divulgar as principais figuras da música brasileira.

Noel de Medeiros Rosa nasceu no bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, em 11 de dezembro de 1910, de um parto difícil, em que o uso de fórceps pelo médico causou-lhe um afundamento da mandíbula que o marcou por toda vida. Filho de uma família de classe média, o pai era comerciante e a mãe professora, aprendeu a toca bandolim na adolescência e tomou gosto pela música. Entrou para a Faculdade de Medicina, mas logo a vida de artista mostrou-se mais atraente que os livros, com suas noitadas de samba e cerveja.

Sambista, cantor, compositor, violonista e bandolinista é um dos fundadores da canção brasileira, pois teve contribuição fundamental na legitimação do samba de morro no asfalto, junto a classe média e o rádio, no momento em que este meio de comunicação começava a se firmar como importante veículo de difusão da cultura brasileira.

Noel integrou vários grupos musicais, como Bando de Tangarás, ao lado de Almirante e João de Barro (Braguinha), entre outros.

Em 1929, iniciou na composição, como Minha Viola e Toada do Céu, ambas gravadas por ele mesmo. Em 1930, o sucesso chegou, com a música Com que Roupa?, um samba bem humorado que hoje é um clássico da MPB. É o primeiro de muitos sambas que mostrariam sua veia de cronista do cotidiano, seu humor e veia crítica, que levaram Orestes Barbosa a chama-lo o rei das letras. Noel travou uma curiosa polêmica com o compositor Wilson Batista, toda através de canções, com os dois se atacando mutuamente em sambas agressivos e humorados, que resultaram em belíssimas pérolas da canção brasileira, como Feitiço da Vila e Palpite Infeliz. Os principais cantores da época gravaram suas músicas, entre eles Mário Reis, Francisco Alves e Aracy de Almeida.

Travou durante boa parte da vida uma batalha conta a tuberculose, apesar de nunca ter deixado a boemia. Morreu em 04 de maio de 1937, em sua casa no bairro de Vila Isabel, com apenas 26 anos de idade, em conseqüência da doença que o perseguia desde sempre.  

Ingressos na bilheteria do teatro, no dia de realização do espetáculo, a partir das 14 horas.

Foto:
Divulgação hagah/ Vicky Furtado.

Mapa do local

Tributo a Noel

Data Sáb 01 Jan 2000
28 de janeiro de 2010.

Preço(s) R$ 20,00

Horário(s) Quinta, 21h.

Endereço
Rua Dom Pedro II, 861, 00000-000

Telefone (51) 3363-1111