Poética da Percepção

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Depois de temporada em São Paulo, a exposição Poética da Percepção é apresentada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Trata-se do diálogo entre a arte e os sentidos do corpo humano: tato, audição, olfato, visão e paladar. Com curadoria de Paulo Herkenhoff, a foi ampliada para a temporada carioca com novas obras de artistas que se identificaram com a proposta, como Zélia Salgado, Sérgio Romagnolo, Carlito Carvalhosa e Bené Fonteles.

O público confere ao todo 39 obras de 35 artistas. O passeio sensorial testa os sentidos do espectador em obras como Bólide, de Hélio Oiticica, que traz um saco recheado de café, ou as Máscaras Sensoriais de Lygia Clark, e ainda as conchas de Amélia Toledo, que se tornam instrumentos musicais naturais. Uma das atrações mais disputadas é a máquina de esculturas comestíveis elaborada por Eliane Prolik, de onde saem balas que se moldam no céu da boca.

A exposição Poética da Percepção foi concebida para assegurar total acessibilidade aos deficientes. Os painéis do Museu de Arte Moderna foram circundados com bancadas arredondadas que acomodam cadeirantes. As bordas receberam uma textura especial e em braile para melhor orientar a visita dos deficientes visuais. O projeto conta com o apoio da Lei Estadual de incentivo à Cultura do estado do Rio de Janeiro.