O vidro chanfrado atrás do bar em mogno, o piso de madeira, as toalhas de mesa xadrez em vermelho e branco dão ao P.J. Clarke’s um espírito de saloon intacto. O P.J. Clarke’s é um dos raros restaurantes que acolhe todo tipo de gente: famílias, adolescentes, casais, idosos. Todo mundo se sente igualmente à vontade, como se fosse uma extensão de casa. Faz parte da vida da clientela”, define Patricia Madeira, diretora e sócia da marca no Brasil. O grupo hoje conta com duas unidades em São Paulo (uma no Itaim e outra nos Jardins), e outras duas no Rio de Janeiro (uma no Leblon e no Barra Shopping).

A pioneira (foi a primeira loja fora de Nova York!) foi a Mário Ferraz, em 2008. Ali, a clássica hamburgueria de Manhattan seguiu os padrões norte-americanos à risca, dos quadrinhos com personagens famosos (como a frequentadora Jackie Kennedy ou o boxeador Jake LaMotta) preenchendo a parede de tijolos aparentes ao balcão de drinques com impecáveis Patrick Joseph Sidecar (coquetel assinatura da marca que leva conhaque, Cointreau e limão). Quatro anos mais tarde foi a vez da charmosa esquina na Oscar Freire. A versão butique, com apenas 50 lugares, tinha como um dos focos atender a demanda de turistas na célebre rua paulistana – daí o ótimo staff amigável e bilíngue.

O hambúrguer suculento, de carbonização perfeita, altão em um pão quentinho sob medida; uma cheesecake assada com cream cheese e calda generosa de furtas vermelhas; saladas tradicionais como a ceasar (alface romana e americana, parmesão, croûtons e molho com boa dose de anchova) ou a cobb (alface, franguinho grelhado, tomate, ovo cozido, gorgonzola, bacon e abacate), além dos bolinhos que podem acompanhar um chope Brooklyn numa animada happy hour. Mais do que isso, com o almoço executivo (que vende mais de 500 picadinhos às terças-feiras) a marca conseguiu incorporar clássicos brasileiros sem alterar a atmosfera ianque do lugar.