Um clube é um grupo de pessoas que se associam para fazer parte de determinadas atividades - não à toa elas se chamam "sócias". Clubes existem aos montes: de dominó, de esportes, de cartas, de colecionadores... e que tal um clube do chope? Inusitado? Sim, essa é a ideia do Dona Mathilde Snooker Bar, na Pompeia.

A ideia surgiu para unir o útil ao agradável. O Dona Mathilde, além da sinuca que funciona 24h, serve seus cinco tipos de chope produzidos em sua própria cervejaria artesanal, que fica na cidade de Itatiba, a 86 km de São Paulo. Aliás, a inspiração veio justamente do interior do estado. "Vi que, em outras choperias, os clientes habitués tinham desconto", conta Silvio Rodrigues, um dos sócios do Dona Mathilde.

E tudo funciona assim: o sócio tem sua própria caneca, que custa R$ 20 e vem com o nome dele. Com ele, ganha 50 mexedores como os de coquetéis: cada um custa R$ 4 e vale como uma "ficha" para ter direito a um chope. "E vale todo dia o dia todo, até nos dias de double chope ele também ganha. E o sócio tem prioridade para jogar sinuca", conta.

Mas não pense que somente o dono da caneca tem direito ao chope. "O sócio deixa a caneca em cima da mesa e todo mundo pode tomar", explica. E fique tranquilo quanto à "validade": as 50 doses de chope podem ser consumidas em uma semana, um mês ou em um ano. "Os mexedores vão ficar lá esperando".

Não é à toa que o chope do Dona Mathilde merece destaque. Ele é produzido de acordo com a lei de pureza alemã, de 1516, que ensina: somente entram na receita a água, o lúpulo, o malte e a levedura. Nada mais. Dessa mistura resultam os cinco tipos da bebida: a pilsen (a famosa "loira gelada", clara e leve, a variante mais conhecida no Brasil); a dunkel, mais escura e levemente doce; a weiss, que leva trigo na sua formulação; a stout, que é bem escura, um pouco amarga e tem uma espuma cremosa; e a pale ale, que é avermelhada. Ou seja, se é para experimentar vários tipos de chope e ainda jogar uma sinuquinha, não fica difícil ser sócio desse clube assiiim... uma Brastemp.