Guia da Semana

14 de abril é o Dia do Café! Além de São Paulo ter muitos pontos para apreciar essa especiaria, também é possível conhecer lugares da cidade que foram marcados pelas transformações estéticas, sócio-econômicas e culturais que o seu cultivo trouxe para o país.

No centro velho, saindo da Praça da Sé rumo à estação São Bento, pode-se observar o desenvolvimento urbano gerado pela economia do café por meio da arquitetura local, além de poder desfrutar de várias cafeterias na região.

Trajeto recomendado: Ruas XV de novembro, Quitanda, Álvares Penteado, Largo do Café, Rua do Comércio e Praça Antônio Prado.

Palácio da Justiça

O palácio é um dos exemplos de obras da época da modernização devido à economia cafeeira. Possui influência neorrenascentista com acabamentos luxuosos e símbolos do Judiciário. Abriga exposições permanentes e temporárias mantidas pelo Museu do Tribunal de Justiça

Edifício Guinle


Construído entre 1913 e 1916, este pode ser considerado o primeiro prédio vertical da cidade. Os edifícios da época não passavam de três andares, e este possui oito, com 36 m de altura. A fachada apresenta ornamentação Art Nouveau, com referências à riqueza trazida pela economia cafeeira, como os ramos de café.

Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)


A antiga sede do Banco do Brasil foi construída entre 1923 e 1927. Desde 2001, abriga o Centro Cultural Banco do Brasil, um dos mais ativos e completos espaços culturais paulistanos, para incentivar a valorização do centro. A fachada também apresenta adornos de ramos de café.

Largo do Café

É onde o café era comercializado antigamente, numa espécie de bolsa informal, até 1914 com a instituição da Bolsa Oficial do Café, em Santos (que se tornou a maior praça cafeeira do mundo). Atualmente, funcionam bares e cafeterias após o horário comercial.

Edifício Martinelli

Era o mais alto edifício do mundo fora dos Estados Unidos, inaugurado em 1929, com 12 andares. O projeto foi alterado pelo empreendedor da obra, Giuseppe Martinelli, que tinha a meta de 30 andares e a atingiu ao construir sua mansão no topo do prédio. O Café Brandão, um dos mais famosos da época, ficava neste edifício.

Estação da Luz

A estação da Luz foi criada para suportar o crescente movimento de cargas e pessoas proporcionado pela expansão do café. É um dos maiores símbolos da cidade pela sua arquitetura e torre de 60 metros de altura, e também uma das mais importantes do sistema de transporte metropolitano. Também abriga o Museu da Língua Portuguesa.

Painel “Epopéia Paulista”

A obra, localizada no metrô da Luz, é dividida em três partes: Amarela – presença nordestina: literatura de cordel e representa a terra seca. Branca – as linhas retas representam os trilhos do trem e do Metrô, e a cor simboliza o futuro a ser construído pelos que chegam. Vermelha – objetos esquecidos pelos usuários no dia-a-dia da estação. A cor representa a “terra roxa”, que serviu para as plantações de café.

Parque da Luz

O Parque da Luz, aberto ao público em 1825, é a mais antiga área verde da cidade. Possui muitos atrativos, como a gruta com cascata, o aquário subterrâneo, e quase 50 esculturas de artistas como Lasar Segall, Victor Brecheret, Leon Ferrari e Amílcar de Castro.

Pinacoteca do Estado e Estação Pinacoteca

Inicialmente a construção seria o Liceu de Artes e Ofícios – centro de educação profissionalizante para formação de artesãos e mão-de-obra especializada. Quando foi inaugurado, também passou a abrigar a Pinacoteca do Estado, o primeiro museu de arte da cidade, que hoje ocupa todo o prédio. A Pinacoteca tem mais de 8 mil peças em seu acervo e é um dos principais atrativos turísticos paulistanos.

A Estação Pinacoteca é famosa por ter abrigado o Departamento de Ordem Política e Social – DOPS, principal órgão de investigação e repressão durante o regime da Ditadura Militar. Foi incorporado em 2004 pela Pinacoteca do Estado, passou a se chamar Estação Pinacoteca e expõe a Coleção Nemirovsky, um dos mais importantes acervos de arte moderna do país. No térreo está o Memorial da Resistência, dedicado à preservação das memórias da resistência e da repressão política no Brasil.

Estação Júlio Prestes

Este edifício foi erguido para ser a definitiva estação da Estrada de Ferro Sorocabana. Atualmente, além de ponto de partida dos trens da Linha Diamante da CPTM, abriga a Secretaria de Estado da cultura, a Osesp – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e a Sala São Paulo.

Por Rafaela Piccin

Atualizado em 22 Abr 2013.