Guia da Semana

Foto: Divulgação


Poucos slogans de marcas fazem jus à sua qualidade real como a da HBO. A frase "Não é TV, é HBO", não é nenhum exagero. Depois de brindar seu público com grandes produções como Band of Brothers, Roma e Os Sopranos, o canal de TV norte-americano agraciou o público com seu novo seriado Game of Thrones, a adaptação para televisão do primeiro livro das Crônicas de Gelo e Fogo, de George R. R. Martin, considerado por muitos fãs e críticos como um novo Senhor dos Anéis.

Em dez episódios, será contada a história que começa quando Eddard Stark, lorde do castelo de Winterfell, recebe a visita do rei, que o convida a mudar-se para a corte e a assumir a prestigiada posição de Mão do Rei. Cheia de reviravoltas e personagens muito bem construídos, a narrativa gira em torno da história da família Stark e como o destino de seus filhos vai afetar os sete reinos. Tudo isso sem falar do lado fantasioso da trama, já que, no reino, as estações do ano têm uma duração diferente do nosso mundo e um longo Inverno está prestes a chegar.

Não havia melhor canal para a história ser adaptada. Tal como na literatura, a versão televisiva é repleta de sexo, violência e cenários majestosos - tudo isso sem ficar, em nenhum momento, o gosto de ser uma série B (como ficava nos seriados da Xena e Hércules). Nos primeiros episódios, percebe-se que não foram poupados esforços, nem mesmo dólares, na hora de dar para a história a grandeza necessária.

Desde a escolha de elenco, com a escolha de atores veteranos em filmes de fantasia como Sean Bean (o Boromir de Senhor do Anéis) e Peter Dinklage (o anão de Crônicas de Nárnia), até o desenvolvimento dos cenários nos mínimos detalhes, como o Trono de Ferro, do Rei Robert, os figurinos detalhados, cenários fiéis às artes conceituais e a abertura de tirar o fôlego de todos os fãs: são todos detalhes dignos de longa metragem.

Aliás, os brasileiros tiveram pouco tempo para entrar na onda de Game of Thrones, já que - vale ressaltar - a demora para a obra ser lançada no mercado nacional. O primeiro livro foi lançado em 1995 nos Estados Unidos, tendo seu quinto volume lançado este ano. Mas, foi somente no fim de 2010 que pudemos ver uma edição traduzida para o português, seguida pela edição da segunda parte lançada em maio deste ano.

Levando em consideração outros lançamentos do gênero de fantasia, como Harry Potter, Eragon e Percy Jackson, as Crônicas de Gelo e Fogo sofreram uma grande defasagem. Fica a expectativa de que a Editora Leya siga a agilidade do lançamento do primeiro e segundo livro, nas continuações seguintes.

Agilidade essa que os produtores da HBO já prometeram para a produção de uma próxima temporada, baseada no segundo livro Fúria de Rei, que traz aspectos muito mais fantasiosos do que o primeiro volume. Aliás, essa fantasia é muito mais comedida do que nas obras de Tolkien, o que faz o público ter menos preconceito com a história, que parece uma típica saga na era medieval (não se engane: não é).

Se você não conhece a obra de George R. R. Martin, não perca tempo. Tanto os livros como a série se tornaram pré-requisitos básicos para os fãs do gênero fantasia e conquistou um lugar merecido ao lado de obras como Senhor dos Anéis e Crônicas de Nárnia.


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Atualizado em 1 Dez 2011.