Guia da Semana

"Green Book: O Guia" está longe de ser um filme comum. Sensível, tocante, forte e envolvente, o título, sem dúvidas, é um dos grandes destaques do Oscar 2019. Indicado aos prêmios de Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante, Roteiro Original e Edição, o longa é um daqueles obrigatórios não por um único ponto, mas pelo belíssimo conjunto da obra.

Assim, para que você saiba mais a respeito, o Guia da Semana lista os motivos pelos quais você deveria assistir à produção. Confira:

HISTÓRIA REAL

Para quem ainda não sabe, a tocante e brutal história do filme é real. A trama se passa em 1962, quando Tony Lip (Viggo Mortensen), um dos maiores fanfarrões de Nova York, precisa de trabalho após sua discoteca fechar as portas. É quando conhece Dr. Don Shirley (Mahershala Ali), um pianista que lhe dá a oportunidade de ser seu motorista durante uma turnê. Enquanto os dois se chocam no início, um vínculo bonito e sincero cresce à medida que eles viajam.

OLHAR SOBRE O PRECONCEITO

Foto: Divulgação


Desde o início até a última cena, entre algumas situações superficiais e outras mais agressivas, o longa percorre sobre o preconceito dos anos 60, quando os afro-americanos que viajavam ao Sul dos Estados Unidos corriam risco de apanhar ou morrer. Época em que os banheiros também eram separados e os restaurantes limitavam o acesso entre brancos e "pessoas de cor".

Assim, para evitar a humilhação dos afro-americanos, o carteiro Victor Hugo Green criou o Green Book (Livro Verde), livro que listava restaurantes e hotéis onde eram bem-vindos. É com um desses livros em mãos que Tony aceita o trabalho e confronta e, confrontando o racismo e o perigo, nos faz refletir sobre questões importantes até os dias de hoje.


MAHERSHALA ALI E VIGGO MORTENSEN

Carregado por grandes atuações, Viggo Mortensen (Senhor dos Anéis) e Mahershala Ali (Moonlight) fazem uma dupla encantadora. Enquanto Viggo vive um italiano ‘macho-alfa’ dos anos 60, preconceituoso e repleto de dilemas pessoais, mas com bom humor, Ali vive o oposto, dando vida ao pianista culto, contido e que vive em uma briga para provar-se para o mundo e para ele mesmo.


BRUTALMENTE POÉTICO

Foto: Divulgação


Apesar da temática forte e brutal, "Green Book: O Guia" traz poesia e sensibilidade ao tratar de um assunto tão pesado. A redenção de Tony, por exemplo, é um dos pontos altos do filme, de encher os olhos de lágrimas e sentir aquele apertinho no coração.

E é dessa forma, como no próprio ritmo e caminhar da narrativa, que também somos embalados em uma 'road trip' de reflexão em um espetáculo de filme, que além de entreter, educa!

Atualizado em 29 Jan 2019.