Guia da Semana

Nem parece, mas já se passaram três anos desde que “Guardiões da Galáxia” chegou aos cinemas para revolucionar o gênero de super-heróis (e sua própria criadora, a Marvel). Na época, o filme foi encarado como uma aventura um pouco despreocupada demais, um pouco despojada demais, um pouco colorida demais. Hoje, virou a regra – e já influenciou filmes como “Esquadrão Suicida”, “Doutor Estranho”, “Liga da Justiça” e “Thor: Ragnarok” com seu tom bem humorado e retrô e sua trilha sonora pop. Sem o humor bem-sucedido de “Guardiões”, a verdade é que talvez nem “Deadpool” tivesse saído do papel.

Agora, chega aos cinemas na próxima quinta “Guardiões da Galáxia Vol. 2” prometendo mais humor, mais aventura e mais uma dose generosa do carisma de Chris Pratt. Mas será que o filme chega à altura do hype? Para os fãs preocupados, fica a resposta: chega sim, e vai valer cada centavo do seu ingresso.

Saiba por quê:

A trilha sonora, é claro

Desde o título, “Guardiões da Galáxia Vol. 2” já anunciava que sua trilha musical teria tanto peso quanto no primeiro filme – ou seja, muito! Arrancado da Terra quando ainda era criança, logo após a morte de sua mãe, Peter Quill (Chris Pratt) guardou como única lembrança dela uma fita cassete com músicas que foram sucesso nos anos 80 e, ao final do primeiro filme, descobrimos que ele tinha consigo, o tempo todo, uma segunda fita, que agora embala esta sequência. Na seleção, estão clássicos como “Father and Son”, de Cat Stevens, e “Fox On The Run”, de Sweet.

Cuidado em cada detalhe

O que chama a atenção em “Guardiões da Galáxia Vol. 2”, especialmente se comparado a outros filmes do estúdio, é o cuidado dedicado a cada detalhe. Todas as cenas são pensadas para serem o mais completas possíveis, preenchidas com uma trilha sonora interessante (que não apenas reforça o que está sendo mostrado, mas preenche as entrelinhas com outras emoções) um cenário rico em cores e detalhes, diálogos cômicos e ágeis e, frequentemente, mais de uma ação no mesmo quadro.

Essa preocupação em planejar cada take se traduz num filme com muito mais personalidade e respeito ao espectador, que não cai no “automático” em nenhum momento, mesmo que uma ou outra sequência acabe sendo exagerada ou fora do tom.

Mais retrô do que nunca

Se Quill nasceu nos anos 80, seu pai – finalmente revelado – viveu essa época intensamente. Caracterizado como um garanhão com jaqueta de couro e calça boca-de-sino, o personagem (cujo nome não revelaremos caso algum fã tenha conseguido fugir de spoilers até agora) habita um planeta que só pode ter nascido da imaginação de um hippie, cercado por verde e flores coloridas.

Outro toque retrô neste filme é o quartel-general de Ayesha (Elizabeth Debicki), líder de um povo de pele dourada e paixão por tecnologia que parece saído de “Tron” ou de um clipe futurista dos anos 80.

Famílias de todos os tipos

Mais uma vez, o tema central do filme é a família – em particular, as famílias disfuncionais. Enquanto Quill finalmente encontra seu pai depois de mais de 30 anos, Gamora (Zoe Saldana) lida com o ódio da irmã Nebula (Karen Gillan), que tem origens na infância das duas. Rocket (voz de Bradley Cooper) continua sensível em relação à sua origem em laboratório e Drax (Dave Bautista) encontra alguém com um humor tão peculiar quanto o seu. Paralelamente a todos esses conflitos particulares, os Guardiões reforçam sua relação entre si como uma família acima de todas as outras. E Groot (voz de Vin Diesel), nem é preciso dizer, é o bebê da turma.

Novos personagens

Além de Quill/Star Lord, Gamora, Drax, Rocket e Groot, o filme traz de volta alguns personagens que conquistaram o público no primeiro filme, como Yondu (Michael Rooker), Nebula e Kraglin (Sean Gunn), que agora têm muito mais espaço de tela.

Além deles, novos nomes também se somam à aventura: Mantis (Pom Klementieff) é uma assistente do pai de Quill com o poder de sentir e manipular as emoções de outras pessoas. Stakar (Sylvester Stallone) aparece como um antigo parceiro de Yondu, que tem uma participação curta mas pode ganhar mais destaque no futuro. E, é claro, o misterioso pai de Quill e a líder futurista-descontrolada Ayesha são grandes (e hilárias) adições ao time.

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Por Juliana Varella

Atualizado em 4 Mai 2017.