Guia da Semana


Já está devidamente decidido: se eu comprar mais um DVD, minha mãe me exclui do testamento. Assim, moços casadoiros, podem tirar o cavalinho da chuva, caso estivessem interessados na multimilionária fortuna que eu deveria receber. Se quiser ser meu maridão vai pegar uma maníaca por DVDs, pobre, roedora compulsiva de unhas, dona de gata maluca e de uma neurose com relação ao peso. Mas, parafraseando Osgood em Quanto Mais Quente Melhor: " Ninguém é perfeito!"

Passado o parágrafo "curriculum vitae para espantar prováveis pretendentes" falemos de cinema. Neste final de semana fui mais uma vez acometida de minha síndrome intitulada "vamosalugartodososDVDspossíveiseimagináveisetentarvê-losdeumavezsóvirandoanoitesenecessário."

Infelizmente não consegui realizar totalmente meu intento por duas razões práticas: 1) virei mãe de uma gata maluca que tem como passatempos favoritos derrubar meu quarto e não parar quieta um segundo sequer, o que, convenhamos, dificulta um pouco uma perfeita compreensão do que se passa na telinha; 2) descobri que me tornei uma aficionada por séries televisivas o que é, no mínimo, um sacrilégio para uma boa cinéfila. Espero sinceramente que esta seja apenas uma das minhas múltiplas fases passageiras e que, cedo ou tarde, ela desapareça. Por enquanto...

Para não dizer que não falei das flores assisti Lembranças de Hollywood (na verdade revi, adoro esse filme), A Casa de Vidro 2, Nunca fui Amada, Por Trás da Fé, O Crime Perfeito, e, o único brasileiro, Meninas.

Haja coisa pra contar... assim vamos por partes. No geral o que menos gostei foi (advinhem ) A Casa de Vidro 2... Em minha defesa alego que aluguei por pressão de terceiros, e assim fica complicado dizer não, já que sua pipoca está sendo paga pelo terceiro em questão. Talvez um dos suspenses mais imbecis que já assisti na vida. Conseguiu ganhar do O Grito e olha que, pra conseguir essa façanha, o cara precisa ser muito, muito, muito ruim mesmo! Se você viu o primeiro Casa de Vidro, já aviso que não há qualquer conexão entre os dois. Não perca tempo nem dinheiro.

Na seqüência, assisti Nunca fui Amada, com a Neve Campbell. Conhecida pela participação na trilogia Pânico, ela está muito bonita e fugindo do papel de coitadinha que ela é craque em fazer. Esperava mais do filme. Do jeito que a sinopse descrevia parecia que algo de muito impressionante iria ocorrer, mas ficou só na promessa. Neve é Vera, uma moça independente, cheia da grana e que acaba de mudar pra um apartamento novinho em folha. Bissexual, tem um namorado idiota que se acha mais esperto que ela. No ditado popular "a cada minuto nasce um otário".

Creio que, se você abrir um dicionário de ditados populares e procurar por este que acabo de citar, vai encontrar a foto do "espertomen" estampada ao lado. Patético. Não espere um final muito fora do convencional, mas tenha a certeza de que aquela história de que mulher bonita não pode ser inteligente nem sempre corresponde a realidade. Como bônus para os cuecas de plantão temos Neve em cenas pra lá de quentes no chuveiro e fora dele. Finalizo as críticas outro dia,ok? Afetuosos amplexos!

Quem é o colunista: Maria Carolina Marzagão Jimenez ( por alcunha, Carol) estuda, lê, escreve, ouve música e fala, tudo em proporções inimagináveis.

O que faz: é advogada, blogólotra, cinéfila, fotógrafa e mais um monte de coisas que nem ela sabe.

Pecado gastronômico: pipoca com manteiga (muuuuuuuita pipoca).

Melhor lugar de São Paulo: meu quarto, que, além dos amigos, tem meus discos, meus livros, meus filmes, minha gata, meu violão, eu, e nada mais.

Fale com ela: [email protected]

Atualizado em 6 Set 2011.