Guia da Semana

Quem é fã de anime e mangá sabe como é difícil para as obras japonesas chegarem ao Brasil. Muita coisa boa não chega e, se chega, é com anos de atraso. Isso faz com que os fãs tenham que baixar suas séries favoritas na internet ou até comprar DVDs piratas por falta de opção. Felizmente, vez ou outra uma animação consegue aterrissar por aqui, como o novo “Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses”

+ Confira as salas e horáriospara assistir “Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses”

O esforço da Diamond Filmes para trazer a novidade merece os parabéns, mas a escolha do filme não faz jus ao suor gasto. A desnecessária sequência não convence e acrescenta pouco aos fãs da franquia.

O Guia da Semana assistiu ao filme e conta a você como foi a experiência. Confira:

Menos batalha, mais comédia

Na trama, que se passa pouco após as batalhas contra Majin Boo, um deus da destruição chamado Bills desperta e vem à Terra descobrir o paradeiro do lendário deus super sayajin. Cabe a Goku e sua turma impedirem que a entidade destrua o mundo em sua busca.

A história é fraca e seu arco dramatico não passa de uma desculpa para colocar os guerreiros Z contra Bills no fim do filme. Para piorar, essa luta demora (e muito) para acontecer e não chega aos pés dos empolgantes combates contra Freeza ou Cell.

Salva-se apenas o divertido segundo ato, que foca a festa de aniversário de Bulma, onde alguns dos melhores momentos de Dragon Ball são resgatados. São as boas e velhas piadas sem noção protagonizadas por personagens como Majin Boo, Goten, Trunks, Pilaf, Gohan e até mesmo Vegeta, que rouba a cena com momentos divertidíssimos.

Sessão Nostalgia que não contagia

Apesar da presença do criador da série Akira Toriyama como consultor, o longa aposta em uma estranha mescla de animação tradicional com 3D. As duas não se fundem direito, fazendo com que toda vez em que uma computaçào gráfica é usada, a mesma salte aos olhos.

Novidade também é a criação de mais uma evolução para os sayajins, ideia que tem grande importância para a trama (e para a série), mas que aparece apenas rapidamente, como se tivesse faltado coragem ou vontade de dar maiores explicações aos fãs. Vale destacar que toda equipe de dublagem brasileira foi chamada, inclusive Wendel Bezerra, que dubla Guku com o mesmo talento de sempre.

“Dragon Ball Z: A Batalha dos Deuses” serve como um consolo para os muito fãs que precisam de algo a mais sobre a história de Goku, mas não entrega a mesma emoção da série tradicional.

Para quem quiser relembrar, sem ficar com o gosto amargo na boca, vale reler os mangás originais que estão saindo nas bancas novamente, ou assistir a Dragon Ball Z Kai, versão remasterizada e resumida do anime original.

Assista se você:

- Gosta muito, mas muito mesmo, de Dragon Ball;

- Quer incentivar a vinda de outros longas japoneses de anime para o Brasil,

- Está com muito tempo livre e dinheiro sobrando.

Não assista se você:

- Espera a qualidade da série de TV nos cinemas,

- Quer um filme com uma história coerente,

- Procura apenas uma animação para o Dia das Crianças.

Por Edson Castro

Atualizado em 10 Out 2013.