Guia da Semana

No meio da crise de criatividade de Hollywood em que uma série de reboots e remakes dominam as telonas, chegou a vez do Superman ter a sua história recontada em O Homem de Aço.

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O filme do último filho de Krypton, lançado em 1978, pode nao ter sido o primeiro filme de super-heroi lançado nos cinemas, mas com certeza é um dos mais significativos para o gênero.

Até hoje, a versão de Richard Donner é lembrada por muitos como uma das melhores adaptações do tipo, tendo sido responsável por popularizar a figura clássica do Superman nas décadas de 80 e 90.

Porém, no meio da atual onda de filmes de super-heróis, a figura de Clark Kent, certinho e puro, perdeu a popularidade. Depois da desastrosa tentativa de Bryan Singer em Superman: O Retorno, de 2005; coube ao Zack Snyder (de 300 e Watchmen) dar uma cara nova ao Superman para esta nova geração.O Guia da Semana assistiu ao O Homem de Aço e te conta um pouco mais sobre a experiência:

O último filho de Krypton

Na trama, Clark Kent, um alienigena que vive na Terra, descobre ter super poderes enquanto cresce. Já adulto, resolve viajar pelo mundo enquanto tenta entender seu papel na humanidade. Mas, quando um velho inimigo de seu pai chega ao planeta, ele precisa agir.

Em termos de estrutura, o filme é igual a Batman Begins, com cenas que vão e voltam no tempo para construir a história do Superman. Nada mais justo, já que Christopher Nolan, diretor da trilogia do Cavaleiro das Trevas, produz o filme. Mas esta não é a única referência.

O longa busca de varias fontes uma forma para contar essa história. Estão lá as câmeras com zoom em cenas de ação do seriado Battlestar Galactica, os lensflare característicos de J.J. Abrams, entre outros. Mas a principal vem de A Árvore da Vida, de Terrence Malick.

São diversos momentos do filme que tentam dar um tom de poesia à infância de Clark Kent. Uma pena que este lado mais artístico seja perdido nos excessos de sua última meia hora.

Superman de cara nova

Esqueça a cueca por cima da calça. Esqueça o Clark Kent meio bobo interpretado por Christopher Reeve. Esqueça aquele herói que se importava com as pessoas inocentes no meio da cidade. Este Superman age primeiro e pensa depois. Mas nem pensa tanto assim.

A aura poética do alienígena, que é quase um deus no começo do filme, se perde nas longas sequências de ação do último ato. Seguem-se brigas entre super seres no meio da cidade, explosões e um Superman mais preocupado em derrubar seus vilões a qualquer custo do que salvar cidadãos em perigo.

Havia uma necessidade de trazer o herói para uma nova geração? Havia. Porém, fica difícil para quem viu o Superman agir como um herói bondoso e generoso vê-lo quebrando tudo ao seu redor sem se preocupar com quem está a sua volta.

No final das contas, O Homem de Aço é um bom filme de super-herói, mas falha em adaptar alguns principios básicos do personagem como sua pureza, bondade e sua luta pela verdade, justiça e esperança.

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Por Edson Castro

Atualizado em 12 Mar 2014.