Guia da Semana

De Los Angeles


As animações da DreamWorks sempre dão o que falar desde que a companhia surgiu no mercado com Fuga das Galinhas e Shrek. Não foi surpresa descobrir que Kung Fu Panda vale cada segundo sentado na cadeira. Partindo de um sonho animado no estilo clássico a lá Samurai Jack e mergulhando na moderna técnica de 3D - não tão pesada dessa vez -, conhecemos Po, um panda que ganha a vida ajudando o pai na barraca de macarrão, mas, secretamente, quer ser o maior lutador de kung fu do mundo.

Claro que ele é todo trapalhão e a alcançar seu sonho é coisa quase impossível. A história de Po (voz de Jack Black) nos leva a outros personagens, como Furious 5 (Cinco Furiosos), os maiores lutadores do mundo, e seu mestre, Shifu (Dustin Hoffman). Claro, precisamos de um vilão, e ele é Tai Lung (Ian McShane), um lutador imbatível. O elenco de vozes conta ainda com Angelina Jolie, Jackie Chan e Lucy Liu. O mote da história é descobrir quem é o Guerreiro Dragão, único capaz de derrotar Tai Lung e salvar o mundo de um possível tirano. Alguma dúvida de quem será escolhido como o salvador da pátria?

Leia uma entrevista exclusiva com Jack Black, que empresta a voz ao personagem Po na animação. Confira

Fábio Barreto: Qual é a melhor parte de se trabalhar numa animação?
Jack Black:
É uma delícia. Você vai até o estúdio vez por mês, trabalha três ou quatro horas. Nada de maquiagem. Chega ao meio dia (cara muito feliz). Faz a dublagem. E está tudo o script, mas dá para improvisar um pouco. É divertido.

O que você sente ao ver aquele panda como sua representação na tela?
Jack Black:
Raiva. É como se ele tivesse roubado minha alma! Hahaha!

Toda aquela preparação das lutas de Nacho Libre ajudou a criar alguma coisa desse estilo único do Panga Fu?
Jack Black:
Pode ser. Um pouco sim... quer saber? Não, nada a ver esse negócio de preparação mental. O Po só gosta de comer e por isso ele fica bom no kung fu. A grande verdade é que eu praticava artes marciais quando era garoto, mas fazia caratê e judô. Então eu tinha todas as habilidades para bater em todo mundo!

Você gosta de cantar e sua voz é animal. Po sabe cantar também?
Jack Black:
Obrigado! Mas Po não canta, ele luta! (risos) Fiz alguns vocais para a canção tema, mas só isso.

Po não quer fazer macarrão como o pai. Você não quis ser cientista como o seu. Como ele reagiu?
Jack Black:
Ele não ligou muito. Ele só queria que eu fizesse faculdade e tivesse educação. Mas eu não terminei a faculdade. Aí ele ficou desapontado.

Você sempre esta de bom humor... como é Jack Black de mau humor?
Jack Black:
Eu sou meio temperamental. Nunca quebro coisas e tal, mas aí começa a sair vapor sai pelas orelhas e eu fico ultra-raivoso. De vez em quando, estou muito bravo dentro do meu carro, eu só grito. E sei que deve parecer ridículo para quem vê de fora.

Quem é o Po? O que você tem a ver com ele?
Jack Black:
Ele é um sonhador. Inocente e infantil, mesmo sendo um Panda adulto. Ele tem esses sonhos fantásticos de ser o herói magnífico que todo mundo adora, idolatra e teme. Mas ele também é muito inseguro, porque ele não tem a habilidade para transformar tudo isso em realidade. (risada maléfica e careta embutida). E eu também conquistei tudo que queria. Sem dúvida.

Falei com Nick Nolte e ele comentou Thunder Tropic. E ele disse que é muito especial, pois ninguém falou do Vietnã desse jeito.
Jack Black:
É um filme muito original. Aborda muitos assuntos delicados como racismo, vício em drogas e a própria guerra. Nunca vemos muitas comédias a esse respeito. É isso que faz com que o filme seja legal. Por isso gostamos muito de fazer. Interpretamos atores que vão fazer um filme sobre o Vietnã. Meu personagem é um comediante que sempre exagera. Meio que nem eu, mas sem a heroína, devo acrescentar. Ele tem que largar a heroína no meio do filme, pois eles estão no meio da selva, o que nos leva a novas situações cômicas.

O estilo do sonho de Po lembra muito Samurai Jack, de Gendy Tartakovsky. Você gosta?
Jack Black:
Sim... opa. Não conheço esse! Samurai Jack? Parece legal. Soa como se tivesse sido feito para mim. Com esse nome!

Fotos: Divulgação

Leia as entrevistas anteriores do nosso correspondente:

  • J.K. Simmons: Ator que interpreta o pai de Juno fala sobre o longa independe
  • Jim Carrey: Astro conversa com a imprensa no set de filmagem de Yes Man

  • Matt Reeves: Diretor de Cloverfield - Monstro fala sobre o longa


    Quem é o colunista: Fábio M. Barreto adora escrever, não dispensa uma noitada na frente do vídeo game e é apaixonado pela filha, Ariel. Entre suas esquisitices prediletas está o fanatismo por Guerra nas Estrelas e uma medalha de ouro como Campeão Paulista Universitário de Arco e Flecha.

    O que faz: Jornalista profissional há 12 anos, correspondente internacional em Los Angeles, crítico de cinema e vivendo o grande sonho de cobrir o mundo do entretenimento em Hollywood.

    Pecado gastronômico: Morango com Creme de Leite! Diretamente do Olimpo!

    Melhor lugar do Brasil: There´s no place like home. Onde quer que seja, nosso lar é sempre o melhor lugar.

  • Atualizado em 6 Set 2011.