Guia da Semana

Por Meriane Morselli



Sucesso de público nos Estados Unidos, com arrecadação superior a US$ 100 milhões desde sua estréia, Madagascar finalmente estréia no Brasil. Com tecnologia diferente da usada nos outros longas dos estúdios DreamWorks, como O Espanta Tubarões e Shrek, a animação usa uma técnica desenvolvida recentemente. A diferença para as outras produções é que os animais mostrados em Madagascar têm pêlos, com movimentos e textura muito reais. A dificuldade é o tempo que o processo leva, pois os fios são manipulados um a um. Uma animação deste porte leva cerca de quatro anos, entre criação dos storyboards até o lançamento.

A história é sobre animais que vivem no zoológico de Nova York. Amigos de longa data, o leão Alex, a hipopótama Glória, a girafa Melman e a zebra Marty se metem numa grande confusão. Tudo começa quando o grupo de pingüins mafiosos planeja uma fuga para viver na Antártida. Isso faz com que Marty entre numa tremenda crise existencial e também queira largar tudo para voltar para a natureza. Enquanto o leão metido a celebridade tenta tirar essas idéias da cabeça do amigo, Glória tenta fazer tudo para que não haja desentendimentos, e o hipocondríaco Marty está preocupado com mais uma de suas pseudo doenças.

Cansado da vida monótona do zôo, o descolado Marty sai sozinho nas ruas de Nova York durante a madrugada. Ao se darem conta da ausência da zebra, os outros animais saem para resgatá-lo, mas acabam presos pela polícia, que decidem enviá-los de volta para seus habitats naturais. Só que um acidente durante o transporte, os leva para a paradisíaca ilha de Madagascar. A partir de então, começa uma briga entre a zebra, que está adorando ser livre e o leão, que quer voltar à sua vida de superstar no zoológico da cidade.

A adaptação do filme para a linguagem e o jeito brasileiro foi feita pela atriz e comediante Heloísa Périssé (foto), protagonista do famoso espetáculo teatral Cócegas e do seriado dominical Sob Nova Direção. Em entrevista, ela falou sobre o processo e disse que a tradução dos diálogos manteve as características de cada personagem. A atriz dubla a hipopótama Glória e contou que ficou dez horas em estúdio para gravar emprestar sua voz à personagem. "A maior dificuldade foi falar de acordo com o tempo em que o personagem mexia a boca", revela.

Foi o primeiro trabalho de dublagem e adaptação que Heloísa fez em sua carreira. Segundo ela, o problema foi o curto espaço de tempo (um mês) que teve para fazer a versão brasileira. A preocupação em trazer gírias e expressões nacionais foi a mesma que teve nos momentos adaptar a linguagem também para as crianças. A humorista também enfatiza a mensagem que o filme passa: "É uma história de amigos e a amizade é um valor que deve ser cultivado".

A próxima experiência de Heloísa Périssé no cinema será um musical sobre sua personagem Tati. Baseado em um famoso esquete apresentado por ela na peça Cócegas, que também vai virar filme, o longa tem previsão de início das filmagens para o começo o fim deste ano. A primeira versão do roteiro já está pronta, criada em cima do diário da adolescente. O lançamento deve ocorrer até julho de 2006.

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Atualizado em 6 Set 2011.