"Um filme pop, regado a rock and roll e com temperos de ficção científica". Assim começa o primeiro parágrafo da apresentação do filme O Homem do Futuro para imprensa. Não podia ser mais claro.
Depois da retomada do cinema nacional, o mercado acabou se concentrando na produção de filmes sobre favelas, pobreza ou violência, e os filmes que fugiam dessa temática eram considerados exceções. As obras de Cláudio Torres sempre passaram longe desse estereótipo.
O diretor está por trás de filmes como Redentor e a Garota Invisível. O primeiro ficou conhecido por usar efeitos especiais como ainda não haviam sido usados no mercado brasileiro. Já o segundo é uma comédia romântica escrachada que foge um pouco da linha de E se eu fosse você para buscar inspiração nas comédias de Hollywood.
Em O Homem do Futuro, Torres mescla os efeitos especiais de seu primeiro filme com a pegada pop do longa estrelado por Selton Mello. O resultado? Um gênero pouco comum em nosso cinema.
Foto: Divulgação
Sem tempo a perder
Na trama, Zero, interpretado por Wagner Moura, é um cientista brilhante e solitário que acredita ser infeliz porque 20 anos atrás foi humilhado pelo grande amor da sua vida, a bela Alinne Moraes. Ao tentar criar uma forma revolucionária de energia, ele acidentalmente volta ao passado e se vê diante da chance de encontrar a si mesmo mais jovem e corrigir os erros de sua própria vida.
O filme é recheado de referências a clássicos da ficção científica, como diz Cláudio Torres no material de divulgação do longa: "Usei referências de filmes que gosto de assistir e que vi na minha infância. É uma junção dos seriados que passavam nas tardes de quando era criança, como o Túnel do Tempo, Perdido no Espaço e Jornada nas Estrelas com filmes como De Volta para o Futuro, O Exterminador do Futuro e O Efeito Borboleta (...)".
O clima nostálgico não fica só na parte visual, como na trilha sonora cheia de músicas como It's the End of the World as We Know It (And I Feel Fine), do R.E.M., Creep, do Radiohead, entre outras, com destaque para o clímax do filme em Tempo Perdido, do Legião Urbana. A cena em que o casal de protagonistas canta junto a música da banda de Brasília tem a mesma energia de Ferris Bueller cantando Twist and Shout no clássico oitentista Curtindo a Vida Adoidado.
Fica a impressão de que todos no set se divertiam com a produção, como ressaltou o ator Fernando Ceylão em entrevista coletiva. "Eu aprendi com o Cláudio que os bastidores de um filme têm que ser muito legais. Eu nunca saí de uma produção com tantas saudades dos envolvidos como esta".
Mas toda essa nostalgia e clima de Sessão da Tarde estaria perdida se não estivesse apoiada num elenco de peso. E mais uma vez Cláudio Torres acerta a mão.
Depois da retomada do cinema nacional, o mercado acabou se concentrando na produção de filmes sobre favelas, pobreza ou violência, e os filmes que fugiam dessa temática eram considerados exceções. As obras de Cláudio Torres sempre passaram longe desse estereótipo.
O diretor está por trás de filmes como Redentor e a Garota Invisível. O primeiro ficou conhecido por usar efeitos especiais como ainda não haviam sido usados no mercado brasileiro. Já o segundo é uma comédia romântica escrachada que foge um pouco da linha de E se eu fosse você para buscar inspiração nas comédias de Hollywood.
Em O Homem do Futuro, Torres mescla os efeitos especiais de seu primeiro filme com a pegada pop do longa estrelado por Selton Mello. O resultado? Um gênero pouco comum em nosso cinema.
Foto: Divulgação

Sem tempo a perder
Na trama, Zero, interpretado por Wagner Moura, é um cientista brilhante e solitário que acredita ser infeliz porque 20 anos atrás foi humilhado pelo grande amor da sua vida, a bela Alinne Moraes. Ao tentar criar uma forma revolucionária de energia, ele acidentalmente volta ao passado e se vê diante da chance de encontrar a si mesmo mais jovem e corrigir os erros de sua própria vida.
O filme é recheado de referências a clássicos da ficção científica, como diz Cláudio Torres no material de divulgação do longa: "Usei referências de filmes que gosto de assistir e que vi na minha infância. É uma junção dos seriados que passavam nas tardes de quando era criança, como o Túnel do Tempo, Perdido no Espaço e Jornada nas Estrelas com filmes como De Volta para o Futuro, O Exterminador do Futuro e O Efeito Borboleta (...)".
O clima nostálgico não fica só na parte visual, como na trilha sonora cheia de músicas como It's the End of the World as We Know It (And I Feel Fine), do R.E.M., Creep, do Radiohead, entre outras, com destaque para o clímax do filme em Tempo Perdido, do Legião Urbana. A cena em que o casal de protagonistas canta junto a música da banda de Brasília tem a mesma energia de Ferris Bueller cantando Twist and Shout no clássico oitentista Curtindo a Vida Adoidado.
Fica a impressão de que todos no set se divertiam com a produção, como ressaltou o ator Fernando Ceylão em entrevista coletiva. "Eu aprendi com o Cláudio que os bastidores de um filme têm que ser muito legais. Eu nunca saí de uma produção com tantas saudades dos envolvidos como esta".
Mas toda essa nostalgia e clima de Sessão da Tarde estaria perdida se não estivesse apoiada num elenco de peso. E mais uma vez Cláudio Torres acerta a mão.
Foto: Divulgação
Elenco do futuro
O diretor provou saber trabalhar como ninguém com grandes nomes da dramaturgia brasileira: em Redentor, Pedro Cardoso atua ao lado de Miguel Falabella, e em Mulher Invisível Selton Mello faz par com Luana Piovani. Para personfiicar Zero, Torres escolheu um dos nomes em alta do momento: Wagner Moura.
O ator se multiplica em três, interpretando momentos diferentes da vida do cientista. Amparado por uma maquiagem muito bem-feita, o eterno Capitão Nascimento consegue dar uma personalidade diferente para cada uma de suas personas no tempo.
Ao lado de Wagner Moura, está Alinne Moraes, que rouba a cena com sua beleza e carisma. A atriz vai arrancar suspiros do público masculino com sua fantasia inspirada na heroína Barbarella. Completam o elenco o divertido Fernando Ceylão, Maria Luisa Mendonça, mulher do diretor Cláudio Torres, e Gabriel Braga Nunes, que parece ainda estar encarnando o vilão Leo da novela Insensato Coração.
Apesar da boa qualidade, não faltaram adversidades para a realização do projeto: "O filme foi tudo feito com um baixo orçamento e filmado em apenas seis semanas. (...) A minha maior sorte foi conseguir reunir este elenco e equipe. O filme só foi possível porque todos estavam ali", disse o diretor em entrevista ao Guia da Semana.
No final das contas, O Homem do Futuro é uma combinação de uma direção segura bom elenco e uma paixão pela cultura pop. Deve agradar em cheio os fãs de filmes de ficção científica.
Clique aqui para assistir o especial do Homem do Futuro na TV GUIA.
Atualizado em 10 Abr 2012.