Guia da Semana

O “filme que fez Barack Obama chorar” chega ao Brasil no dia 1º de novembro, com o desafio de arrancar lágrimas do público internacional. O Mordomo da Casa Branca, dirigido por Lee Daniels (Preciosa), conta a história de um mordomo negro que trabalhou durante 34 anos servindo presidentes dos Estados Unidos.

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Forest Whitaker vive Cecil, um homem que cresce numa fazenda de algodão e aprende a servir tão bem que é convidado a trabalhar na Casa Branca. O segredo, aprende desde cedo, é “se fazer invisível” aos olhos dos brancos, não comentar nem mostrar opinião sobre nada.

Oprah Winfrey interpreta sua esposa, uma estourada mãe de família com problemas com o álcool, e uma legião de estrelas fazem participações como presidentes: Robin Williams, James Marsden, Liev Schreiber, John Cusack e Alan Rickman, estão todos ali, mais ou menos excêntricos.

Mais do que uma biografia (o filme é baseado numa história real), o longa serve como um balanço da evolução dos direitos raciais no país, da escravidão na década de 20 até a eleição do primeiro presidente negro em 2009.

A premissa é bastante universal e apetitosa – uma história de superação coletiva com muitos pontos de luta e algumas reflexões políticas e culturais, como quando o ator Sidney Poitier, o primeiro negro a receber um Oscar, é citado provocativamente como “o estereótipo do negro ideal aos olhos dos brancos”.

A abordagem de Daniels às vezes escorrega para um patriotismo excessivo e pode tornar as pouco mais de duas horas cansativas para quem não procura uma aula de história americana. Isso não chega a prejudicar o filme, mas ofusca o melhor aspecto do longa, que não está dentro da Casa Branca, mas sim na casa de Cecil.

Por trás das decisões de presidentes preguiçosos ou bem intencionados, o que se revela é a jornada pessoal de um pai que faz o máximo para manter a família segura, mas sofre ao ver seus dois filhos assumirem posições extremas - um vai lutar no Vietnã, outro pinga de prisão em prisão em movimentos rebeldes como as Panteras Negras (atenção para a atuação de David Oyelowo).

No fim, O Mordomo da Casa Branca oferece dois filmes em um: um épico sobre a construção de uma nação e de um grupo social; e um drama familiar, uma história de amor e aprendizagem entre pai e filho, que começa no trauma da criança escrava e termina na libertação.

Assista se você:

- Gostou de “Histórias Cruzadas”

- Quer saber mais sobre a evolução dos direitos raciais

- Procura uma mistura de drama pessoal e romance histórico

Não assista se você:

- Não gosta de filmes muito longos

- Se irrita com o patriotismo nos filmes americanos

- Não se interessa por filmes históricos

Atualizado em 25 Out 2013.