Oldboy é um daqueles longas em que o espectador se situa apenas nos últimos minutos, depois de passar quase duas horas na escuridão. Misturando temas como hipnose, tortura, insanidade, paixão e vingança, o filme de Chan-wook Park integra, não por acaso, a chamada Trilogia da Vingança do diretor sul-coreano (com Mr. Vingança e Lady Vingança), que se baseou no mangá de Garon Tsuchiya e Nobuaki Minegishi.
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Carregado em cenas de violência que lembram trabalhos de outro cineasta, Quentin Tarantino, Oldboy venceu o Grand Prix no Festival de Cannes em 2003. Coincindência ou não, o diretor estadunidense participava do júri.
As primeiras cenas mostram o protagonista Oh Dae Su (Min-sik Choi) desesperado, num cativeiro onde esteve preso por 15 anos sem saber por quê. Seu retrato da agonia é construído como um diário, interminável. Quando finalmente foge, é porque as portas se abriram. Porque alguém permitiu.
O que se segue é um desafio aos estômagos mais fortes. Enquanto tece sua vingança, Oh Dae Su se envolve com uma jovem chef de cozinha e as cenas de afeto (um tanto duras) se misturam a quadros de violência e mutilação explícitos. O sofrimento do espectador, entretanto, é recompensando quando a rede de enigmas começa a se desenrolar de forma imprevisível, perto do fim.
A melhor palavra para descrever Oldboy é, provavelmente, “chocante”. Mas nada que apreciadores de Tarantino, Fincher e até Kafka não estejam acostumados.
Por Marina Ayub, aluna do 2º Semestre do curso De jornalismo da ESPM
Atualizado em 28 Fev 2014.