Guia da Semana

Brasília, a cidade mais rica do país talvez seja a que menos identidade tem. Cravada no meio do cerrado, no centro do Brasil, é palco para vitórias e derrotas e também serve de cenário para a vida de três jovens. Liz, Alex e Lino são filhos de homens poderosos e moram sozinhos num apartamento na capital do país. Entendiados e imersos num mundo de aparelhos globalizados, eles tentam fazer de cada dia uma experiência nova. O mergulho final neste estilo de vida acontece com a chegada de um homem que se denomina X (Matheus Nachtergaele).

Esta pessoa sem nome definido, para ter um diferente a cada dia, propõe ao grupo algo chamado concepcionismo. O princípio baseia-se em viver cada dia de uma nova forma, com novas experiências e nenhum passado. A Concepção inclui também a abolição do dinheiro, hedonismo (doutrina que tem o prazer como o bem supremo), a morte do ego e o desprendimento total. E as condições para colocar tudo isso em prática pode acarretar documentos falsos, drogas, sexo e todo tipo de excesso para a criação de um personagem de apenas 24 horas.

O filme marca a segunda investida em longas do diretor José Eduardo Belmonte. Seu primeiro trabalho não chegou a ser lançado comercialmente. Com imagens rápidas e desfocadas, a fita foi considerada pela crítica uma novidade no atual cenário brasileiro do cinema. A trilha sonora traz cancoes de rock e inclui bandas e artistas como Plebe Rude, Cólera, Tetine, David Bowie e Secos e Molhados.

A Concepção

Diretor: José Eduardo Belmonte

País de origem: BRA

Ano de produção: 2005

Classificação: 18 anos