Guia da Semana

Os limites da arte contemporânea não é algo que qualquer um pode definir, por mais que conheça do assunto. Cada artista tem sua forma de produzir. A maneira de olhar o mundo, de interpretá-lo e de usar isso para criar obras de arte é algo singular, que depende muito do ambiente em que a pessoa vive, do local que escolheu para o trabalho, de suas inspirações, de suas intuições e da relação que o artista plástico tem com as cores e com o suporte onde quer aplicá-las. Depois do trabalho realizado, a ajuda do curador é essencial para que ele seja visto, e o do crítico, para que não seja execrado. No final, fica a pergunta: o resultado é arte?

Para tentar entender melhor sobre esse universo da arte contemporânea, Gisella Callas realiza o filme A Margem da Linha, com depoimentos de artistas plásticos, críticos, curadores, entre outros profissionais. Com foco em três gerações, focadas nos trabalhos de Regina Silveira, Sergio Sister e José Spaniol, a cineasta analisa o método dos três, para chegar ao entendimento de como funciona a concepção da arte hoje no Brasil. Os entrevistados falam sobre assuntos variados, divididos entre seis temas gerais, que englobam desde a criação da obra até a forma como o ela se relaciona com o mundo.

A Margem da Linha é a estréia em direção de longa-metragem da cineasta Gisella Callas. Anteriormente, ela já havia dirigido os curtas de ficção The Main Dish e Do Amor. O documentário também conta com a produção e o roteiro da cineasta, além da direção de fotografia de Carlos Ebert, que trabalhou em filmes como O Bandido da Luz Vermelha.

Trailer do filme

A Margem da Linha

Diretor: Gisella Callas

País de origem: BRA

Ano de produção: 2008