Guia da Semana

Em 1987, o diretor franco-canadense Denys Arcand filmou O Declínio do Império Americano, em que quatro homens e quatro mulheres discutiam sexo em grupos separados antes de se juntarem para um jantar. A idéia por trás do longa era a de que um dos sinais do iminente fim de um império era o fato de que as pessoas passavam a se preocupar exclusivamente com sua vida pessoal. Quinze anos depois, os mesmos personagens voltam a se reunir em As Invasões Bárbaras.

O professor Remy, com câncer, recebe seus familiares e amigos. Louise, que era sua mulher no filme anterior, se separou por causa da infidelidade do ex-marido, mas ainda assim eles continuam se falando. Dos dois filhos do casal, apenas o rapaz, bem-sucedido no mercado financeiro, volta meio contra a vontade para acompanhar o pai. É ele quem conversará com a filha viciada de uma ex-amante de Remy para obter um pouco de heroína e aliviar as dores do professor. Enquanto isso, o grupo de intelectuais discute todas as ideologias que os entusiasmaram na juventude e o que foi feito delas.

As Invasões Bárbaras (cujo título se refere aos atentados de 11 de setembro) foi um dos destaques da 27.ª Mostra BR de Cinema de São Paulo e é a escolha canadense na corrida para o Oscar de filme estrangeiro em 2004. O filme ganhou dois prêmios no Festival de Cannes de 2003: melhor roteiro (para Denys Arcand) e melhor atriz (para Marie-Josée Croze, que interpreta a viciada em heroína).

As Invasões Bárbaras

Diretor: Denys Arcand

País de origem: CAN

Ano de produção: 2003

Classificação: 18 anos