A clássica história da Branca de Neve ganha contornos trágicos e latinos no drama de Pablo berger. O pai era um grande toureiro, mas perdeu os movimentos das pernas e braços ao ser atingido por um touro. Sua mãe, uma cantora de flamenco, morta num parto apressado após presenciar o acidente. Surge a madrasta, uma enfermeira oportunista. Nasce a Branca de Neve, chamada Carmen - como a personagem da ópera flamenca, fadada a um destino trágico. Veremos anões, haverá uma maçã. Mas este não é um conto-de-fadas.

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Casarões coloniais, igrejas, arenas e galinhas formam um cenário cultural rico em raízes latinas, que soará familiar aos brasileiros neste drama sem falas e sem cores. A trilha sonora, arma mais poderosa do diretor Pablo Berger, justifica o silêncio das vozes, cravada em palmas, castanholas e violões - é impossível ficar indiferente a ela. Destaque, ainda, para a presença de Maribel Verdu no papel da madrasta Encarna: ela, que atuou em Labirinto do Fauno, Tetro e E Sua Mãe Também. A jovem Sofía Oria