Guia da Semana

Celine Dion, Mariah Carey, Shania Twain, Gloria Estefan... divas? Que nada! Diva mesmo era Maria Callas, a cantora lírica de origem grega que encantou o mundo com sua voz e morreu em 1977. O cineasta italiano Franco Zeffirelli era seu amigo e por muito tempo pensou em fazer um filme sobre a cantora, mas escapando do gênero biografia-fofoca, explorando a vida pessoal de Callas, que foi amante de Aristóteles Onassis. Só agora ele conseguiu seu objetivo.

Em Callas Forever, um empresário, Larry Kelly (Jeremy Irons) visita Paris com uma banda de rock e decide procurar pela cantora (interpretada por Fanny Ardant). O que encontra não é muito animador: uma mulher derrotada, procurando consolo nas drogas. Ele imagina um retorno triunfal para a cantora: uma série de especiais para a televisão. Como a voz de Callas não é mais a mesma, ela seria dublada por suas próprias gravações dos tempos de glória. Parece desonestidade demais, mas o pacote inclui Carmen, uma ópera que Callas já havia gravado, mas nunca interpretado no palco.

Claro, a história é ficcional, mas serve aos propósitos de Franco Zeffirelli de dar à platéia uma visão da personalidade da diva. Quando o assunto é ópera, Zeffirelli está perfeitamente em casa: ele já dirigiu várias delas, incluindo as apresentações da própria Maria Callas no Covent Garden, em Londres. Fanny Ardant, que interpreta a cantora, já havia feito o papel em uma peça de teatro dirigida por Roman Polanski e ouvia Callas desde a adolescência, quando seu pai lhe deu de presente três discos justamente com a ópera Carmen.

Callas Forever

Diretor: Franco Zeffirelli

País de origem: ITA/FRA

Ano de produção: 2002

Classificação: 12 anos