Guia da Semana

Filmes com duplas de policiais nunca trazem parceiros, digamos, compatíveis; há sempre os opostos: o tira esquentado e o que tem a cabeça no lugar, o que prefere agir logo e o que acha melhor raciocinar... e o veterano e o novato, como Joe Gavilan (Harrison Ford) e K.C. Calden (Josh Hartnett), da Divisão de Homicídios de Los Angeles. Mas nenhum deles é do tipo dedicado à força, que dá a vida pelo distintivo de policial. Gavilan faz bicos de corretor de imóveis, e basta a venda perfeita para que ele tenha uma comissão boa o suficiente para garantir uma vida tranqüila; Calden é ator, e corre atrás de bandidos enquanto não acha um emprego no cinema ou no teatro.

O mais novo caso que a dupla investiga é o assassinato de quatro rappers. O dono do clube onde ocorreu o crime não ajuda muito, mas está atrás de um novo teto, para a alegria de Gavilan, que pode conseguir um extra ao vender a casa de um produtor de cinema. Enquanto investiga, Gavilan também é investigado, pela própria polícia, em uma espécie de sindicância interna: afinal, ele tem mais dinheiro do que deveria ter se trabalhasse apenas como policial. Ainda por cima, está namorando a ex de Bennie, justamente o responsável pela tal sindicância.

O filme foi dirigido por Ron Shelton (de Sorte no Amor e Por Uma Boa Briga). Ele conheceu o co-roteirista Robert Souza em 2002 enquanto rodava um outro longa sobre um policial corrupto de Los Angeles. Souza era uma espécie de consultor, por ter sido ex-tira, e Shelton acabou convidando-o para escrever o roteiro de Divisão de Homicídios. Situações vividas por Souza até entraram no enredo: ele realmente tentou vender uma casa para Dodi Al-Fayed (que morreu no acidente de carro com a princesa Diana), para quem trabalhava como guarda-costas.

Divisão de Homicídios

Diretor: Ron Shelton

Elenco: Josh Hartnett, Harrison Ford

País de origem: EUA

Ano de produção: 2003

Classificação: 14 anos