Guia da Semana

Bem longe da cosmopolita Buenos Aires, pequenos dramas humanos se desenrolam na Patagônia. Don Justo é um octogenário que não tem mais condições de cuidar de seu negócio, administrado agora pelo filho e pela nora. Ele passa os dias bebendo mate e conversando com os viajantes que passam, até descobrir que um deles viu seu antigo cachorro em San Julián. Para reaver o animal de estimação, Don Justo resolve ir até o povoado "vizinho" - em termos de deserto da Patagônia, claro - e, como não pode dirigir, pede carona.

Quem faz um caminho semelhante ao de Don Justo, mas de carro, é o vendedor Roberto, que leva um bolo para o filho de um ex-cliente. O problema é que ele não sabe se o aniversariante é menino ou menina, e isso influi na decoração do doce. De quebra, Roberto quer ganhar pontos com a viúva (e mãe da criança), por quem está apaixonado. San Julián ainda está para ganhar outra visitante, a jovem Flores, pobre mãe solteira, que ganhou um prêmio em um sorteio e vai buscá-lo.

Histórias Mínimas não tem esse nome à toa. Don Justo, Roberto e Flores não são protagonistas de feitos heróicos, apenas de pequenos dramas individuais. O longa argentino, rodado em 2002, marcou o fim de 13 anos de "silêncio" do cineasta Carlos Sorín. Seu último filme havia sido Eversmile, New Jersey, de 1989, e que tinha no elenco Daniel Day-Lewis.

Histórias Mínimas

Diretor: Carlos Sorín

País de origem: ARG

Ano de produção: 2002

Classificação: Livre