Guia da Semana

Na cinzenta cidade de Manchester, na Inglaterra pós-Segunda Guerra, o povo se acostumou com a destruição e já não vê beleza em suas ruas. Para a geração nascida nos anos 50, isto se torna ainda mais traumático, já que há poucas possibilidades para o futuro, em uma região onde só resta ser operário das indústrias de lá. Não é o caso de Ian Curtis, Peter Hook, Stephen Morris e Bernard Sumner, que, após um show dos Sex Pistols, formaram a lendária banda Joy Division.

Após imensas dificuldades no início, os músicos alcançam um inesperado e instantâneo sucesso que os torna uma das principais bandas da época. Com músicas entre o pós-punk e o new wave, o grupo chamou a atenção principalmente pelo transe que Curtis entrava sempre que subia ao palco. Com diversos problemas pessoais, conflitos com a esposa e a amante, e vítima de uma epilepsia, Ian acabou não suportando e se suicidou aos 23 anos, na véspera do primeiro show internacional do grupo. Quase 30 anos depois, os envolvidos com o Joy Division se reuniram no documentário para tentar entender o período.

O diretor Grant Gee e o roteirista Jon Savage reúnem os remanescentes do grupo, atual New Order, além de uma série de personagens importantes, como a jornalista Annik Honoré, amante de Ian Curtis. O filme tenta fazer uma relação entre a criação da banda e a revitalização da cidade de Manchester. Enquanto Savage tem um conhecimento da banda, tendo já feito um documentário sobre o New Order, Grant Gee foi um diretor contratado, por ter trabalhado com artistas como o Radiohead e o Blur. Um dos entrevistados é o fotógrafo inglês Anton Corbjin, diretor da cinebiografia de Ian Curtis, Control, também de 2007.

Trailer do filme

Joy Division

Diretor: Grant Gee

País de origem: ING

Ano de produção: 2007

Classificação: 14 anos