A partir daí, a garota tem um único pensamento: se vingar de Jeannette, a amante do pai. E, para isso, Steffi não vai encontrar limites: armará até contra Tessa, a filha de Jeannette, da mesma idade das duas amigas e que não tem relação nenhuma com o caso da mãe. Kati topa ajudar até perceber que tudo está escapando do controle e pode acabar em tragédia. E, quando Steffi perde o apoio da melhor amiga, também a inclui na sua lista de vítimas.
As adolescentes de Meninas não Choram são como aquelas que o cinema já costuma mostrar: querem independência, não ligam para os pais e estão na fase das descobertas, inclusive sexuais (ponto em que o filme poderia ser mais sutil e menos explícito). Mas o longa de Maria von Heland, que entrevistou várias meninas para ter certeza de que suas personagens eram verossímeis, também mostra que a irresponsabilidade e a inconseqüência cobram seu preço, mais cedo ou mais tarde. Apesar do panorama sombrio, o tom otimista do desfecho, embora pareça moralista para alguns, não foge da realidade ao dizer que sempre há tempo para uma mudança de vida.
Meninas não Choram
Diretor: Maria von Heland
País de origem: ALE
Ano de produção: 2002
Classificação: 16 anos