Guia da Semana

A gente não poderia deixar de falar de documentários nessa lista de clássicos. E é difícil falar em documentaristas sem logo pensar no estadunidense Michael Moore. Longe de ser considerado o melhor profissional da área, ele é ao menos o mais famoso e polêmico. Com dois dentre os três documentários mais vistos de todos os tempos, ele usa em seus filmes muito humor para atacar governos e organizações, principalmente o presidente George W. Bush, seu alvo favorito.

Desde novo, Moore já gostava de uma polêmica. Com 18 anos se candidatou ao conselho de diretores do colégio onde estudava e ganhou, se tornando um dos funcionários públicos mais novos de Flint, sua cidade. Aos 22, fundou o jornal Flint Voice, no qual já começava a fazer suas denúncias. Logo partiu para o cinema e fez o documentário Roger e Eu, contra a automobilística General Motors, que havia fechado a fábrica em que seu pai trabalhava.

Depois de participar de um programa de televisão, fazer um filme de ficção, escrever um livro e realizar outro documentário, criou a série de TV The Awful Truth. Quando adaptava para a telona um quadro sobre saúde, que viria a se tornar Sicko - $O$ Saúde, uma tragédia o fez mudar de caminho e filmar Tiros Em Columbine. Ganhador do Oscar, além de um prêmio em Cannes, o longa foi o que lhe deu fama internacional. Nele, Moore aproveita o massacre em uma escola na cidade de Columbine para analisar o fascínio do norte-americano por armas de fogo. Na cena mais famosa, o cineasta entrevista o ator Charlton Heston, presidente da Associação Nacional de Rifles, colocando o Moisés de Os Dez Mandamentos na parede.

A partir de então, ele se tornou um showman e sua carreira entrou em uma ascendente. Escreveu mais três livros de sucesso e ganhou a Palma de Ouro em Cannes por Fahrenheit 11 de Setembro, em que analisa a culpa de Bush pela explosão das torres gêmeas. Fala das conseqüências do atentado, fazendo referência à posterior invasão do Iraque liderada pelos EUA e pela Grã-Bretanha. Além disso, tenta decifrar os reais alcances dos vínculos que existiriam entre as famílias do presidente George W. Bush e a de Osama bin Laden. Tanto o filme, quanto os livros têm o objetivo claro de impedir a vitória do presidente nas eleições de 2004.

Sicko acabou sendo lançado em 2007, é seu filme mais recente. No longa, ele apresenta um panorama crítico ao sistema de saúde pública americano. E o faz denunciando a máfia da indústria farmacêutica, dos planos de saúde e do sistema de assistência médica. A partir do perfil de cidadãos comuns, Moore expõe seu ponto de vista de que milhões de vidas são destruídas por um esquema em que o mais importante é garantir os lucros no fim do mês. Agora que Bush não será mais o presidente, quem será que o polêmico documentarista vai atacar?

Veja também:

Branca de Neve e os Sete Anões
Psicose e a obra de Hitchcock
Os Simpsons
Indiana Jones
Harry Potter
O Senhor dos Anéis
O Iluminado
Titanic
Guerra nas Estrelas
E.T., O Extraterreste

Trailer do filme

Michael Moore

Diretor: Michael Moore

País de origem: EUA