Guia da Semana

Durante o carnaval, em um cortiço no Pelourinho, em Salvador, 12 diferentes personagens buscam se divertir da maneira como podem. Roque, um pintor de carrinhos, faz trabalhos extras para participar da festa e, um dia, virar cantor; Reginaldo, motorista de táxi, dirige também trios elétricos enquanto divide suas atenções entre a esposa e a amante, a travesti Yolanda; Psilene visita a irmã depois de passar uma temporada no exterior; e a sensual Rosa trabalha no bar de sua tia Neuzão, enquanto se esquiva do assédio dos homens.

Enquanto todos se animam para a grande festa, a síndica Dona Joana decide cortar a água. O fato faz com que todos se unam, já que têm em comum o fato de odiarem a síndica do cortiço. Com o último dia da festa chegando, o clima do prédio vai entre o de solidariedade e o de tensão, com suas brigas. No meio a tanta confusão, Boca decide usar os carrinhos de café de Roque para fazer tráfico de drogas, e Seu Jerônimo resolve armar um esquema de segurança próprio para proteger sua loja.

Ó Paí, Ó é uma gíria bastante usada em Salvador que quer dizer "olhe para aí, olhe". Na época do carnaval de 2007 houve uma discussão sobre o nome, que era defendido com ânimo por Caetano Veloso, compositor da trilha do filme. A obra é adaptada de uma peça do Bando de Teatro Olodum, da qual fez parte o protagonista Lázaro Ramos antes da fama. A peça foi escrita como protesto contra Antônio Carlos Magalhães, que havia expulsado os moradores do Pelourinho para restaurá-lo.

Ó Paí, Ó

Diretor: Monique Gardenberg

Elenco: Wagner Moura, Lázaro Ramos

País de origem: BRA

Ano de produção: 2006

Classificação: 14 anos